O centro de reprocessamento nuclear de Sellafield, em Inglaterra, foi encerrada hoje de manhã após registar “níveis anormais” de radioatividade. Foi “uma circunstância operacional” sem qualquer “risco para a população em geral ou para os trabalhadores”.

A central nuclear de Sellafied, em Inglaterra, registou hoje “níveis anormais” de radioatividade que ditaram uma evacuação dos trabalhadores com funções não essenciais. A medida foi encarada como “uma circunstância operacional” na central onde, em 1957, foi registado o pior acidente nuclear no Reino Unido, quando um reator de plutónio ardeu durante cinco dias consecutivos e libertou radiotividade para a atmosfera.

Os “níveis anormais” de radioatividade foram, ainda assim, inofensivos para a saúde dos trabalhadores e da população, segundo o porta-voz da empresa. Como “não se pode correr riscos” em operações nucleares, os trabalhadores com funções não essenciais foram instruídos para ficar em casa.

“Os níveis detetados são superiores aos da radiação que ocorre naturalmente, mas estão abaixo dos que obrigariam a uma reação por parte dos trabalhadores, dentro ou fora do centro. Está abaixo dos níveis que obrigariam as pessoas a abrigarem-se ou algo do género. Se isto tivesse acontecido durante o turno do dia teríamos deixado o pessoal ir para casa como habitualmente”, explicou Rory O’Neil, sublinhando que “não existe risco para a população em geral ou para os trabalhadores”.

“Não temos razões para acreditar que o problema seja mais sério do que aquilo que eles declararam”, salientou o porta-voz do Departamento da Energia e Clima do Reino Unido.