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Quercus: Praias com “qualidade de ouro” aumentam em Portugal, mas águas do interior preocupam

praia_1Quercus aponta 290 praias com “qualidade de ouro”. Portugal apresenta mais qualidade do que em 2011, sendo que há apenas cinco praias cujas águas são más. A Quercus aponta Albufeira como concelho com mais praias de qualidade, mas manifesta preocupação com as águas do interior.

Uma análise da Quescus assinala um aumento de praias com “qualidade de ouro”, numa comparação com o ano de 2011, em Portugal, o que representa uma boa notícia para os veraneantes, numa altura em que a época balnear.

No total, são 290 praias de “ouro”, um nível de qualidade elevado, de acordo com a associação ambientalista Quercus. Aquele número aumentou em comparação com o ano passado. Em 2011, havia 286 praias com esse nível de qualidade em Portugal.

Para que possa receber o título de praia de “qualidade de ouro”, uma praia tem de apresentar um histórico de “boa qualidade da água” durante as épocas balneares de 2007, 2008 e 2009, sendo que as exigências sobem para “excelente” nas épocas balneares posteriores, em 2010 e 2011. A qualificação atribuída pela Quercus assenta nestes pressupostos.

Numa análise aos concelhos portugueses com mais praias de “qualidade de ouro”, verifica-se que Albufeira está no topo da classificação, com 18 praias listadas com esta classificação ‘premium’. Logo a seguir, surgem os concelhos de Almada e Vila Nova de Gaia, ambos com 15, com enorme qualidade das águas.

Também com elevado número de praias com qualidade de ouro estão Vila do Bispo, que apresenta 12 praias, mais uma do que Torres Vedras e mais duas do que Grândola. Pampilhosa da Serra merece realce nesta classificação da Quercus, já que, com as suas duas praias, é o concelho do interior com mais espaços balneares de excelência.

No extremo oposto estão cinco praias com má qualidade das águas ­– número reduzido, já que em 2012 existem 526 zonas balneares em Portugal que estão abertas aos veraneantes (este número também representa um aumento em comparação com o ano de 2011).

Também no que diz respeito à qualidade má das águas, a Quercus assinala um aumento, comparativamente com o ano passado: existem mais quatro praias do que há um ano.

Já no que diz respeito ao número de praias de “qualidade excelente”, a associação ambientalista vislumbra “um decréscimo significativo de praias”, em relação à época balnear anterior, com uma queda de 10 pontos percentuais, de “95 para 85 por cento no caso das praias costeiras ou de transição” bem como de “de 75 para 54 por cento nas águas interiores”.

Apesar do aumento de qualidade de praias de ouro, a Quercus verifica que persiste alguma “vulnerabilidade” relativamente à poluição, sobretudo “nas águas interiores”, em resultado de falhas graves “no saneamento básico”, além de “problemas de gestão da bacia hidrográfica”.

De acordo com um comunicado divulgado pela Quercus, em Portugal, “continua a não ser possível identificar uma causa evidente”, que se prende com estes problemas de saneamento e de gestão da bacia hidrográfica.

A Quercus não coloca neste estudo as zonas balneares que tenham menos de cinco anos e todas as praias que apenas resolveram problemas de poluição nos últimos anos. Também as praias que na última época balnear apresentaram análises de qualidade inferior a excelente estão de fora desta avaliação de qualidade.

O balanço e a perspetiva da qualidade das águas balneares, em Portugal, resulta da “informação pública disponibilizada pelo Instituto da Água, por via do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos”.

Não obstante esta realidade que há que combater, os veraneantes têm muitas praias em Portugal com qualidade de ouro.

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