Mais de metade de toda a atividade cirúrgica em Portugal é feita em regime de ambulatório. Há quem considere que há questões economicistas nesta prática, mas saiba que a cirurgia de ambulatório tem muito mais vantagens para o paciente.

A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) comenta o relatório divulgado pelo Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, explicando que a cirurgia em regime de ambulatório apresenta-se como uma opção de tratamento com baixas ocorrências de infeções hospitalares.

“A cirurgia de ambulatório permite que o doente não tenha necessidade de pernoitar no hospital. O paciente, sendo operado neste regime, tem uma menor possibilidade de contrair infeções de origem hospitalar por menor contacto com outros doentes que possam ser portadores de infeções graves”, explica Carlos Magalhães, presidente da APCA.

Segundo Carlos Magalhães, existem mais vantagens. “Ao ir para casa, após a cirurgia, o paciente tem uma maior integração a nível familiar e socioprofissional, com o apoio e conforto da família de uma forma quase imediata que, se é importante para todos, tornam-se fundamental quando falamos de crianças e idosos”, realça.

Por outro lado, acrescenta, “é de sublinhar ainda que este tipo de cirurgia fornece acompanhamento médico, sendo o paciente apoiado, por uma equipa de profissionais multidisciplinares, no pós-cirúrgico.”

Nos últimos anos, a cirurgia em regime de ambulatório tem apresentado um forte desenvolvimento em Portugal, apresentando valores superiores a 55 por cento de toda a atividade cirúrgica nacional.

O principal fator de sucesso deve-se à característica multidisciplinar, envolvendo diferentes grupos profissionais, assim como a garantia de segurança e de elevados índices de qualidade no tratamento dos doentes.

A Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) tem como principal objetivo defender, promover e protagonizar o processo de evolução da cirurgia de ambulatório no nosso País.