Pela quarta vez, dizem Kate e Gerry McCann, o julgamento em que Gonçalo Amaral é arguido por difamação é adiado. Os pais de Maddie lamentam a “estratégia dilatória” do ex-inspetor, que hoje dispensou o advogado. Gonçalo Amaral tem agora dez dias para arranjar um defensor.
O julgamento de hoje que opunha o casal McCann ao ex-inspetor Gonçalo Amaral, baseado num processo por difamação apresentado pelos pais de Maddie, foi adiado.
Lembrando ser a quarta vez que uma audiência é adiada, Kate e Gerry McCann lamentaram que o ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ), a quem exigem uma indemnização de 1,2 milhões de euros, recorra continuamente a uma “estratégia dilatória”.
O adiamento de hoje deveu-se ao requerimento, apresentado de manhã por Gonçalo Amaral, a revogar a procuração do advogado. Isto fez com que, ao início da sessão, o arguido não tivesse defensor.
A juíza Emília Melo e Castro adiou o julgamento para 8 e 10 de julho, dando dez dias ao réu para contratar um novo advogado.
Só que os McCann, como se queixaram aos jornalistas, têm de vir de Inglaterra de propósito, o que os obriga a cancelar as atividades diárias e a deixar os filhos gémeos entregues a uma pessoa.
Confrontados sobre a recente investigação realizada na Praia da Luz pela polícia britânica, que resultou num insucesso, os pais de Madeleine McCann frisaram que a não descoberta de qualquer indícios de um corpo fez reforçar a convicção de que a filha ainda vive.
Maddie McCann desapareceu do aldeamento turístico onde passava férias, na Praia da Luz, na noite de 3 de maio de 2007.