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“Fazer qualquer coisa” é a nova sugestão de Mário Soares para um Governo que tem de ouvir a “voz do povo”

mario soaresÉ preciso “fazer qualquer coisa”, já que a ideia da demissão não foi aceite pelo Governo. Poucas horas depois de ter sugerido ao executivo de Passos Coelho para renunciar, Mário Soares aconselha o primeiro-ministro a ouvir a “voz do povo” e a “fazer qualquer coisa” para limpar a imagem.

Primeiro a sugestão para se demitir, depois a ideia de fazer “qualquer coisa”. Mário Soares, antigo Presidente da República, continua a afinar a tese que vai defender no Conselho de Estado agendado para sexta-feira e, em Portalegre, admitiu que o Governo pode “fazer qualquer coisa” para diminuir a tensão social, nomeadamente “recuar totalmente” na proposta de alterar a Taxa Social Única (TSU).

“Se o Governo recuar totalmente isso sim, é outra questão, pode-se dizer que o Governo ouviu a voz do povo e está a querer fazer qualquer coisa”, sintetizou o histórico dirigente socialista, não querendo responder se esse recuo na questão da TSU seria uma demonstração de fragilidade política por parte do Governo: “isso agora é com eles, não é comigo”.

A ideia do executivo liderado por Pedro Passos Coelho “fazer qualquer coisa” não invalida a sugestão anterior, pois Mário Soares continua a acreditar que “não faz sentido” o Governo manter-se em funções perante a contestação social: “depois daquilo que se passou com esta grande manifestação nacional , com as pessoas todas a chamar gatunos aos membros do Governo e eles a terem que entrar pela retaguarda dos edifícios e a não poderem vir à rua, eu acho que isto não tem sentido e o povo é quem mais ordena. Sempre achei isso desde o 25 de Abril e já antes achava”.

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