Economia

“Austeridade nem sempre funciona”, alerta o FMI em relatório

defaultAlgumas medidas de austeridade estão a ter um impacto negativo no espaço europeu e certos países deverão revê-las. Um relatório do FMI revelado nesta terça-feira exibem um quadro pouco otimista, sendo que Itália e Espanha são exemplos em que austeridade não é solução.

As medidas de austeridade inseridas em certos países europeus não estão a ter o efeito desejado, não ajudando da redução dos juros de dívida ao mercado.

O relatório do FMI revelado esta terça-feira, onde constam os resultados do espaço europeu, são equivalentes ao da semana passada, exibindo um quadro negativo em relação às medidas extremas tomadas, sendo estas apontadas como possíveis contra-producentes.

Países como a Itália e Espanha surgem neste relatório, na medida em que os pacotes de austeridade não têm surtido efeito, para tal os técnicos do Fundo Monetário Internacional afirmam se o panorama assim continuar, os países virão os custos da dívida aumentar e o défice diminuir.

“A relação não é linear”, avançam, “mas as mais recentes experiências com consolidações orçamentais apontam para implementações adicionais”. 

“Ainda é muito cedo para retirar conclusões empíricas”, afirmam os técnicos do FMI, dando como garantido que os ajustamentos necessitam ser revistos, depois de as medidas de consolidação serem executadas.

Com base neste relatório, o FMI chega à conclusão de que os multiplicadores orçamentais estão agora a ter um maior influência na economia e, por este motivo, as medidas de austeridade revelam-se negativamente na economia, sobretudo dos países intervenientes.

Desta forma, os países que possuírem menos recursos orçamentais devem diminuir as medidas de curto prazo e focarem-se nas políticas de médio prazo.

Em suma, a austeridade em demasia condiciona o crescimento e faz com que as taxas de desemprego se mantenham elevadas.

No caso português, apenas em 2017 o FMI prevê um crescimento da economia em 1,5 por cento, fazendo com que a taxa de desemprego nacional se fique nos 14 por cento.

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