“Puxei da minha arma e atirei”, diz Pedro Dias
Pedro Dias assumiu o homicídio do militar Carlos Caetano. Em tribunal, o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira alegou que estava a ser agredido. “Puxei da minha arma e atirei”, disse.
O suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, Pedro Dias, presta depoimento em Tribunal da Guarda, nesta quinta-feira, no julgamento onde responde por triplo homicídio e duas tentativas de assassinato.
Pedro Dias assumiu ter disparado sobre um militar da GNR, mas justifica o seu ato com uma alegada agressão.
“Puxei da minha arma e atirei”, afirmou, perante os juízes, justificando a posse de arma com receio de “cães selvagens”, uma vez que já teria tido problemas com aqueles animais, segundo a sua versão.
“O meu objetivo não era matá-lo, mas fazer com que ele terminasse aquelas agressões”, disse ainda, citado pelo Jornal de Notícias.
O réu referiu que estava a ser “agredido”, com “socos e pontapés”.
Depois, apontou a mesma arma a outro militar, António Ferreira, obrigando-o a entrar no carro.
Conduziu “sem direção” nem destino, decidindo regressar ao ponto de partida, porque o corpo de Carlos Caetano jazia no local.
Pedro Dias disse ainda que se sentia “desnorteado”, justificando todos os seus atos com “medo”.