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PS ataca PSD: Passos quer ajudar, Lacão fala em “hipocrisia”

Líder do PSD, Passos Coelho, garante apoio ao Governo, num pedido de ajuda, “se houver necessidade extrema”, o que suscitou críticas do PS, pela voz de Jorge Lacão. “Está em causa uma atitude de hipocrisia”, disse o ministro.


Pedro Passos Coelho não aceita um acordo pré-eleitoral – “Qualquer quadro de ajuda estrutural só será negociado por um futuro Governo”, justifica –, mas tal não significa que, “se houver necessidade extrema”, o PSD bloqueie um pedido de ajuda.

“Se houver necessidade extrema, espero que não haja, de contrair empréstimo para evitar o incumprimento do país no exterior, não é o PSD que o vai impedir. Apoiará”, disse Passos Coelho.

O líder do PSD não avança mais pormenores sobre a posição do partido e argumenta que o “Governo é que sabe se há dinheiro na carteira”. Por isso, passa a ‘batata quente’ para as mãos de José Sócrates.

Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares, reagiu de imediato, considerando que as declarações de Passos Coelho encerram “hipocrisia”.

“Aqueles que recusaram as medidas do Governo que permitiriam uma estabilização de Portugal junto das instituições europeias são os mesmos que agora estão disponíveis para apoiar o Governo. Nós sabemos o que está em causa: é uma atitude de hipocrisia política” disse Lacão.

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, por seu turno, afirma que o Governo não tem legitimidade para pedir ajuda ao Fundo Monetário Internacional e que “a única entidade” que pode tomar medidas “é o Presidente da República”, num eventual pedido de resgate ao FMI.

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