Os alunos do quarto ano demonstram mais dificuldades na Matemática, disciplina em que as negativas duplicaram, e no Português. Para o Ministério da Educação, não é possível comparar com anos anteriores devido à diferença nos programas.

As provas de aferição dos alunos do quarto ano, cujos resultados foram hoje conhecidos, confirmaram a tendência para maiores dificuldades na aprendizagem. A Matemática registou, como esperado, a pior regressão. Entre os 105.057 alunos que fizeram a prova de aferição houve 45.467 com resultado insuficiente. Estes 43 por cento de negativos são mais do dobro das registadas no ano passado – quando foram só 19 por cento – e ditaram uma descida da média nacional dos 68,3 para os 53,9 por cento.

Embora não tão graves, os problemas também se registaram na disciplina de Português, onde um em cada cinco alunos tirou negativa. A média nacional até se manteve estável baixou apenas 2,6 por cento, sendo agora de 66,7 por cento), mas as notas insuficientes estiveram perto de duplicar, subindo de 12 para 20 por cento, valor nunca alcançado desde que foram implementadas estas provas de aferição.

O Ministério da Educação e Ciência já desvalorizou estes registos, através dum comunicado em que explica ter sido a primeira vez em que a prova de Matemática foi realizada de acordo com o novo programa. Segundo a mesma nota, os piores resultados verificaram-se na organização e tratamento de dados. Quanto ao Português, foi na parte escrita que se detetaram as maiores dificuldades.

Para o ano já não será possível traçar a evolução da aprendizagem nestas disciplinas, uma vez que as provas de aferição vão dar lugar a exames, os quais contarão 30 por cento para a nota final: à exceção do ano inaugural, em que o peso para a nota será de 25 por cento.