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Promessa de demolir o bairro do Aleixo “não será possível” de cumprir, admite Rui Rio

demolicao aleixoA demolição do Aleixo foi uma das bandeiras de Rui Rio, mas o presidente da Câmara do Porto admite que “não será possível demolir o bairro todo até final do mandato”, uma vez que a alteração “da composição do fundo de investimento” obrigou a “recalendarizar o plano de intervenção”.

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, vai deixar o cargo no próximo ano sem ter cumprido uma das bandeiras eleitorais: demolir o bairro do Aleixo. O autarca admitiu, numa resposta escrita enviada à Lusa pelo gabinete de comunicação da Câmara, que “não será possível demolir o bairro todo até final do mandato, porque tivemos de recalendarizar o plano de intervenção em resultado de alteração da composição do fundo de investimento”.

Essa recalendarização vai ditar que, no próximo ano, só seja possível “demolir uma ou duas” das quatro torres existentes, depois da quinta ter sido implodida a 16 de dezembro de 2011. “O projeto completamente concluído nem sequer será no meu tempo. No meu tempo pode ser (e espero que seja) a demolição integral do bairro e o realojamento das pessoas”, disse Rui Rio, logo após a implosão.

A alteração “da composição do fundo de investimento” evocada por Rui Rio reporta à entrada de António Oliveira no capital do Fundo Especial de Investimento Imobiliário (FEII) que gere a operação no Aleixo. Com uma quota de 30 por cento, o antigo selecionador de futebol só recentemente conseguiu comprar a ‘fatia’ de 11 por cento que pertencia a Vítor Raposo, antigo deputado do PSD.

Essas alterações na composição do FEII surgiram em maio quando Vítor Raposo não cumpriu a proposta de adquirir 60 por cento do capital, obrigando a autarquia a aumentar a participação (aprovada em julho por PSD e CDS com os votos contra de PS e CDU) e proporcionando a entrada de António Oliveira, com 1,6 milhões de euros.

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