“O que é mais importante, a educação ou as calças?” A pergunta de Jane Ogden chegou aos tablóides britânicos depois da filha e mais 19 alunas terem sido proibidas de irem às aulas por terem as calças demasiado estreitas.
Ellie Ogden, de 14 anos, e Mollie Young, de 12, foram proibidas de entrar na Barnsley Academy, uma escola católica em Inglaterra, por um professor que usou uma régua para conferir o tamanho das calças.
A política da escola, implementada pouco antes do Natal, é clara: as alunas devem ter calças com uma largura mínima de dez centímetros.
Na semana passada, 20 alunas foram proibidas de entrar por terem calças estreitas, incluindo Ellie Ogden, cujas calças, garante a mãe, tinham 13 centímetros de largura.
Jane Ogden, que no início do ano escolar gastou 72 libras em calças para os setes filhos, perdeu a paciência para com as políticas internas da escola, especialmente quando os professores não as cumprem.
“O regulamento também diz que as meninas não podem usar maquilhagem enquanto as professoras vêm carregadinhas dela”, ironizou esta mãe, furiosa por saber que a filha não teve aulas entre segunda e quarta-feira (da semana passada) por causa da largura… das calças.
“O que é mais importante, a educação ou as calças? A escola diz que é justificável para manter a disciplina e ensinar as crianças a terem respeito. Eu orgulho-me de que as minhas crianças me respeitem, mas elas também têm de ser respeitadas”, afirmou Jane Ogden.
Para a Barnsley Academy, o assunto é tão importante que foram criadas bolsas para ajudar as crianças cujos pais, por dificuldades financeiras, não consigam cumprir o código de vestuário para as alunas.
Desde o Natal de 2015 que as meninas têm de ficar em fila para que um professor, munido da indispensável régua, meça a largura das pernas das calças.
O regulamento impõe também limites ao verniz das unhas e aos piercings.
“As regras são só para uns”, criticou a mãe: “Dizem às estudantes para não vestirem saias curtas, mas as professoras vestem saias que quase deixam o rabo à mostra”.
