A notícia do canal francês de meteorologia – que antecipa que o verão de 2013 será o mais frio dos últimos dois séculos, na Europa ocidental – é desvalorizada pelo IPMA, que não vê fundamentação científica capaz de sustentar uma previsão deste género. O Météo, ontem, avançou com essa previsão, garantindo 70 por cento de probabilidade de a previsão estar certa.

De acordo com o Météo, o próximo verão poderá ser o mais frio desde 1816. O canal francês de meteorologia estudou diversos fatores, desde a temperatura das águas do mar e também os dados relativos ao inverno passado, para sustentar que o verão de 2013 terá caraterísticas especiais, na Europa ocidental.

No entanto, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), não encontra neste estudo do Météo qualquer sustentação científica. “O IPMA não tem conhecimento do fundamento técnico e científico que suporte esta afirmação”, explicou.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera avisa também que não é possível fazer uma previsão deste género com alto grau de precisão.

As previsões do Météo apontam 70 por cento de probabilidades de só termos algum calor a partir de setembro, sendo que este atraso se verificará em todo o continente europeu.

Além de chegar mais tarde do que é habitual, o verão deverá ser o mais frio e húmido dos últimos 200 anos, de acordo com o mesmo canal francês.

Os períodos de calor do próximo verão serão também mais curtos, em virtude de um inverno mais prolongado do que é costume. As águas do mar estão mais frias, devido à estação fria, o que terá repercussões nas temperaturas, prevê o Météo.

Diferente é a previsão do IPMA: no trimestre junho, julho e agosto, há 40 a 60 por cento de probabilidade de Portugal Continental apresentar uma temperatura média inferior ao normal. No entanto, essa variação não deve ultrapassar 0,5 graus centígrados, em comparação com o verão do ano passado, por exemplo.