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Precários dominam entre os jovens trabalhadores, denuncia a Interjovem

precarios 210precariosNum levantamento sobre os jovens trabalhadores em Lisboa, a Interjovem concluiu que mais de metade são precários. Em 187 mil trabalhadores com menos de 30 anos, mais de 100 mil têm um vínculo precário com a empresa e uma remuneração horária 40 por cento inferior.

A Interjovem/Lisboa, estrutura da CGTP dedicada aos jovens do distrito de Lisboa, fez um levantamento sobre as condições de trabalho para os jovens com menos de 30 anos e chegou a conclusões assustadoras.

Citada pela Lusa, a coordenadora Filipa Costa adiantou que 54,8 por cento dos jovens trabalhadores no distrito de Lisboa têm uma ligação precárias com as respetivas empresas.

São 102.500 trabalhadores em precariedade num universo laboral de 180 mil.

A Interjovem salienta ainda que estes jovens, apesar de assegurarem funções permanentes, ganham menos 40 por cento de remuneração horária do que os trabalhadores com um vínculo efetivo.

Os jovens efetivos ganham uma média de 5,60 euros por hora, valor que desce para os 4,05 euros nos contratados a prazo e para os 3,33 euros por hora no caso dos temporários.

“Pretendemos denunciar esta situação, sobretudo porque cada vez mais se fazem despedimentos para depois se colocarem nesses lugares jovens em regime precário e com baixos salários”, explicou Filipa Costa.

O levantamento destas situações de trabalhadores com menos de 30 anos em regime de precariedade vai ser entregue, durante o dia de hoje, ao Ministério do Emprego.

Ainda segundo a sindicalista, o setor do comércio, a área da logística (com destaque para a grande distribuição) e os ‘call center’ são os principais empregadores em regime de precariedade.

Para este levantamento, a Interjovem cruzou os dados recolhidos, a nível sectorial, pelos diversos sindicatos com as estatísticas oficiais do Ministério do Emprego.

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