O Parlamento aprovou hoje, por unanimidade, uma campanha institucional contra a “praxe violenta”, mas deixou cair a proposta do Bloco de Esquerda para criar uma rede de apoio às vítimas e aos estudantes que denunciem situações abusivas.
A “praxe violenta” foi hoje debatida no Parlamento, embora sob várias designações: o deputado Duarte Marques (PSD), por exemplo, referiu-se ainda às praxes “humilhante” e “estúpida”.
Em causa estava uma resolução, apresentada pela maioria PSD/CDS, para realizar uma “campanha institucional de sensibilização pela tolerância zero à praxe violenta e abusiva”.
A proposta foi aprovada por unanimidade, mas a discussão foi animada. O já referido Duarte Marques defendeu o direito dos estudantes em participar numa “praxe que não é violenta nem humilhante”.
Embora tenha aprovado uma campanha institucional, o Parlamento chumbou a criação de uma rede de apoio às vítimas e aos denunciantes.
Esta proposta tinha sido apresentada pelo Bloco de Esquerda, que defendeu uma rede nacional de apoio a estudantes do ensino superior vítimas de práticas abusivas, com acompanhamento psicológico e jurídico, e aos estudantes que denunciem situações de praxe abusivas ou não consentidas.
