O PSD e o CDS pretendem que as PPP e as telecomunicações paguem uma contribuição extraordinária semelhante à da energia. Se a medida avançar, a receita será usada para minorar os cortes nos salários dos funcionários públicos e para reduzir a sobretaxa do IRS.

As parcerias público-privadas (PPP) e o setor das telecomunicações podem ser chamados, no próximo ano, a pagar a crise. O Governo pretende criar uma contribuição extraordinária semelhante à delineada em proposta de Orçamento de Estado (OE) para a energia, já criticada publicamente por EDP, Endesa e Galp, avança o Diário Económico.

A proposta deverá ser apresentada pelos deputados do PSD e do CDS na discussão em especialidade do OE para 2014. As receitas a obter com esta contribuição iriam servir, segundo os partidos, para minorar os cortes dos salários dos funcionários públicos e para reduzir a sobretaxa do IRS.

Em declarações ao Diário Económico, Duarte Pacheco, deputado do PSD, explicou que a “aplicação de uma contribuição extraordinária temporária pedida num momento de crise” irá gerar a folga orçamental suficiente para que os cortes salariais comecem nos salários superiores a 700 euros brutos, ao invés dos previstos 600 euros.

O deputado do PSD acrescentou que os dois partidos que sustentam o Governo estão “a trabalhar em modelos econométricos” para aumentar o patamar mínimo de aplicação dos cortes salariais que o défice acordado com a troika – quatro por cento – seja comprometido.