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Portugueses não acreditam que distanciamento nas escolas será cumprido

Em período de regresso ao trabalho e à escola, apenas 4,9 por cento dos portugueses considera que o distanciamento será cumprido nas escolas. Mais de um terço gostaria que o teletrabalho passasse parcialmente a fazer parte da sua atividade profissional. A maioria dos portugueses afirma ter mudado as suas férias devido à pandemia.

De acordo com as conclusões de um estudo da da multidados.com – the research agency e Guess What, 22 por cento dos portugueses não concordam com o regresso presencial dos alunos às aulas e são apenas 3,9 por cento os que indicam que não vão enviar os seus filhos para a escola durante o mês de setembro.

Quando questionados sobre a probabilidade de as aulas serem lecionadas presencialmente e sem interrupções até ao final do ano escolar, verifica-se um otimismo significativo dos portugueses, dado o valor médio 6,8 (numa escala de 0 a 10).

No entanto, caso as aulas sejam interrompidas, 42,8 por cento dos portugueses assumem que se sentem pouco preparados para voltar a ter os seus filhos em casa.

 Apenas 4,9 por cento acredita que o distanciamento recomendado de 1,5/2 metros será cumprido nas escolas, uma medida com a qual 20,7 por cento concorda. Sendo ainda menos (12,9 em cada cem) aqueles que apoiam o facto de cada grupo dever estar restrito a uma zona da escola.

Os resultados divergem quanto à situação profissional dos inquiridos: 20,9 por cento dos portugueses afirmam que mantiveram as mesmas condições que tinham antes da pandemia, enquanto 20 por cento afirma que esteve em teletrabalho, mas já voltou ao escritório.

Cerca de um terço dos inquiridos revelam que gostariam que o teletrabalho passasse a fazer parte da sua atividade profissional de forma parcial e desde que acordado com a organização e 9,7 por cento manifesta preferência pelo cumprimento da atividade profissional, na totalidade, em teletrabalho.

Em média, e numa escala de 0 (nada produtivo) a 10 (completamente produtivo), os portugueses classificam o seu desempenho em teletrabalho como produtivo (7,69), bem como a produtividade da organização neste formato (6,38).

Relativamente a férias, 63,9 por cento dos portugueses afirmam ter passado esse período de repouso em território nacional, enquanto 4,4 por cento dos inquiridos viajaram para o estrangeiro.

Já 16,4 por cento permaneceu na sua residência. Dos portugueses que passaram as férias em Portugal, a região do Algarve foi a preferida (28 por cento), seguindo-se os distritos de Lisboa (7,4) e Aveiro (6,7). 27,1 por cento dos inquiridos passaram as suas férias em casa de férias própria ou de familiares, enquanto 23,6 por cento optou por casa de férias alugada e 17,4 por cento por hotel.

79,7 por cento dos portugueses experimentaram uma estadia diferente do habitual, uma decisão que grande parte (46,7 por cento) revela dever-se à pandemia. 54,5 por cento dos inquiridos que optaram por uma autocaravana fizeram-no por ser uma solução mais barata para combater a redução de rendimentos provocada pela covid-19.

O estudo foi realizado por via dos métodos CATI (Telefónico) E CAWI (online) a uma base de dados de utilizadores registados na plataforma da multidados.com. Foram recolhidas e validadas mil respostas entre os dias 1 e 15 de setembro de 2020.

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