Economia

Portugal tem petróleo, garantem ingleses da Ioniq Capital

petroleo offshore Portugal tem, pelo menos, seis jazidas de petróleo e de gás natural. A garantia é da Ioniq Capital Partners, que terá proposto vender os estudos por 7,2 milhões de euros e uma taxa de 10 por cento das vendas. Mas o executivo nem teve “a cortesia de responder”.

Portugal tem petróleo: são pelo menos seis jazidas que podem render mais de 43 mil milhões de euros brutos, numa avaliação com o preço atual do crude, que é o mais baixo desde 2009. A garantia é da Ioniq Capital Partners (IONIQ), que tentou aliar-se ao Governo para explorar os recursos e lamentou não ter tido resposta.

Segundo avança a Sábado, a empresa britânica tentou vender os estudos que, segundo a própria IONIQ, apresentam o mapeamento das seis reservas de hidrocarbonetos em Portugal. Diz o Jornal de Negócios que o estudo geral custa 1,2 milhões, o mesmo valor de cada mapeamento detalhado: o negócio seria concluído pelo montante global de 7,2 milhões de euros.

Nesta proposta, a IONIQ ficaria ainda com um ‘royalty’ de 10 por cento sobre todo o petróleo e gás natural dessas jazidas que fossem vendidas no mercado.

O problema, segundo o responsável da IONIQ para Portugal, Damon Walker, é que o Governo nem terá respondido à proposta: “Isto vale biliões e nem tiveram a cortesia de nos responder”.

“A resposta formal seguirá em tempo oportuno”, assegurou o Ministério do Ambiente, segundo o Negócios.

Os responsáveis portugueses terão encontrado várias objeções na proposta. A principal é que não existe qualquer referência, nem sequer a nível genérico, de onde estão as alegadas seis jazidas, que os britânicos dizem ter uma dimensão para extrair, no mínimo, mil milhões de barris de petróleo e mais 30 por cento de gás natural.

Face ao atual enquadramento jurídico, caberá à IONIQ dar início a eventuais procedimentos de licenciamento junto da Direção-Geral de Energia e Geologia. Porém, a empresa pretenderá associar-se ao Governo para, alegadamente, não divulgar uma tecnologia “inovadora” às petrolíferas.

Essa tecnologia baseia-se na deteção dos recursos por ressonância electromagnética remota. “É possível haver tecnologia que faça isso. Os satélites enviam dados em bruto que depois têm de ser trabalhados. Mas se o algoritmo deles é bom, suficientemente preciso ou fiável, isso já não sei”, argumentou o engenheiro aeronáutico Pedro Rosa, numa avaliação para a Sábado.

A proposta apresentada ao Governo refere que as seis jazidas “podem ser uma grande fonte de riqueza nacional e podem transformar Portugal de um país importador de energia a exportador”.

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