Há cerca de 150 mil novos emigrantes portugueses, em 2011, o que representa um fenómeno de emigração comparável ao fluxo de 1970. Contudo, segundo dados do Governo, os destinos escolhidos para emigrar são hoje diferentes: Angola, Brasil e, na Europa, Inglaterra. Países com economias em expansão e que estão fora da Zona Euro. Por ano, em média, abandonam Portugal 125 mil portugueses.

O agravamento da situação económica, o desemprego e as dificuldades acrescidas das famílias provocaram um aumento da emigração, em 2011, com Portugal a registar 150 mil novos emigrantes, que procuraram no estrangeiro melhores condições de vida.

A estimativa do fluxo migratório é do próprio Governo, segundo noticia o DN, que aponta aqueles 150 mil novos emigrantes apenas em 2011. É um dos maiores fluxos migratórios de sempre registados em Portugal, apenas comparável aos anos 70, quando se verificou um fenómeno de emigração idêntico.

Mas os destinos, hoje, são outros: Angola e Brasil, economias emergentes. Na Europa, o país que os portugueses que emigram preferem é Inglaterra, curiosamente um país que não partilha a moeda e está fora da Zona Euro.

Os números do Governo relativos à emigração em 2011 são muito semelhantes ao que se verificou em 1970. Nessa década, os portugueses saíram em massa para França, construindo uma das grandes comunidades de emigrantes portugueses em todo o mundo.

Numa análise aos últimos quatro anos, verifica-se que mais de meio milhão de pessoas deixaram Portugal à procura de emprego. Os 150 mil novos emigrantes representam quase um terço desse número e são superiores à média anual: 125 mil.

Nesta procura de trabalho no estrangeiro, continuam a surgir denúncias, segundo a Secretaria de Estado das Comunidades, de pessoas que recebem promesses de emprego e que acabam por ser sujeitas a exploração laboral. Há emigrantes sem-abrigo em alguns países da Europa.