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Lusa garante que jornalistas agredidos estavam identificados, PSP nega e avança com inquérito interno

policia2Falta de “colete ou identificação dos jornalistas” é a razão apontada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) das agressões aos repórteres, durante as manifestações de ontem, em Lisboa, em dia de greve. Segundo declarações da subcomissária da Carla Duarte à Antena 1, os jornalistas agredidos “não tinham qualquer colete” que os distinguisse dos manifestantes. A agência Lusa desmente e vai apresentar queixa contra a PSP.

As agressões da PSP aos jornalistas da agência Lusa e da France Press (José Sena Goulão e Patrícia de Melo Moreira, respetivamente), durante as manifestações que ocorreram ontem no Chiado, em Lisboa, suscitaram uma onda de revolta.

em declarações à Antena 1, Carla Duarte, subcomissária da PSP, argumenta que as vítimas de agressões foram confundidos com manifestantes que suscitaram a carga policial. “Dois seriam jornalistas, mas não tinham qualquer colete ou identificação”, refere a subcomissária.

Já em declarações à TSF, o comissário Fábio Castro, refere que aquela força de segurança está a proceder a uma análise à intervenção policial de ontem, durante a greve geral convocada pela CGTP.

Mas, independentemente dessa análise interna, Fábio Castro aponta o dedo aos repórteres. “A Polícia de Segurança Pública tem alertado para a necessidade de uma identificação visual por parte dos jornalistas”, refere.

No entanto, a Lusa defende-se e garante que todos os jornalistas ou fotojornalistas que estejam no exercício de funções “estão devidamente identificados”. Aquela agência noticiosa já fez saber que irá apresentar queixa contra a PSP.

A conduta dos agentes, durante as manifestações em dia de greve geral, foi considerada violenta e um desrespeito por quem exercia a função de informar e, acima de tudo, desempenhava a sua função profissional.

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