Economia

Portugal colocou 1750 milhões a seis e 12 meses a juros de novo menos negativos

Portugal colocou hoje 1.750 milhões de euros, montante máximo anunciado, em Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses a taxas de juro negativas, mas a subirem de novo face aos anteriores leilões comparáveis, foi anunciado.

Depois de terem atingido o mínimo de sempre em 17 de janeiro último, as taxas de juro médias dos Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses já tinham subido ligeiramente em 21 de março, anterior leilão comparável.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na agência Bloomberg, a 12 meses foram colocados 1.250 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro (BT) à taxa de juro média de -0,272 por cento, de novo negativa mas superior às registadas em 21 de março, quando foram colocados 900 milhões de euros a -0,394 por cento, e em 17 de janeiro, quando foram colocados 1.250 milhões de euros a uma taxa de juro média de -0,398 por cento.

A seis meses foram colocados hoje 500 milhões de euros em BT à taxa média de -0,351 por cento, menos negativa do que as verificadas em 21 de março, quando foram colocados 350 milhões de euros a -0,424 por cento, e em 17 de janeiro, quando foram colocados 500 milhões de euros a -0,425 por cento.

A procura atingiu 2.060 milhões de euros para os BT a 12 meses, 1,65 vezes superior ao montante colocado, e 865 milhões de euros para os BT a seis meses, 1,73 vezes o montante colocado.

Face aos anteriores leilões comparáveis de 21 de março, a procura desceu hoje nos dois leilões.

Num comunicado divulgado na semana passada, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou a realização hoje de dois leilões das linhas de Bilhetes do Tesouro com maturidades em 16 de novembro de 2018 (seis meses) e em 17 de maio de 2019 (um ano) com um montante indicativo global entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros.

Para o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, “esta ligeira subida de taxas (e do custo do endividamento) está em linha com a subida na curva da dívida soberana europeia, tanto na dívida curta como na dívida longa”.

“Mesmo assim as taxas das emissões portuguesas não são tão negativas quanto as dos nossos pares europeus, pelo que os investidores mantêm o interesse”, referiu Filipe Silva, concluindo que “daí também os dados sobre a procura não terem estado mal”.

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