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Portugal prepara saída do Conselho de Segurança da ONU com debate sobre a Guiné-Bissau

paulo portasQuando o ano terminar, Portugal deixa de integrar o Conselho de Segurança da ONU. As despedidas começam a ser feitas hoje, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, a debater com Ban Ki-moon a crise na Guiné-Bissau, entre outros problemas que permanecem.

O golpe de Estado na Guiné-Bissau, em abril, é uma das ‘pedras no sapato’ com que Portugal deixará a sala de reuniões do Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas. Com o mandato a terminar com o ano civil, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, deslocou-se a Nova Iorque (EUA) para assinalar o encerramento da representação portuguesa, incapaz (como as restantes) de resolver o problema na Guiné-Bissau.

Hoje, enquanto o ministro português se reúne com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon (às 16h15 em Portugal continental), vários delegados dos países com assento no Conselho de Segurança vão encontrar-se para, em conversas informais, auscultarem o representante especial (cessante) da ONU para a Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba, e o comité de sanções, num encontro à porta fechada que deverá ser presidido por Mohammed Loulichki, embaixador de Marrocos.

O golpe de Estado na Guiné-Bissau, a 12 de abril, fez aumentar os casos de violações graves de direitos humanos incluindo perseguições de opositores, tortura e execuções sumárias, e o tráfico de droga. Ban Ki-moon já pediu ao Conselho de Segurança que aplique “sanções repressivas e direcionadas com vista a travar o desenvolvimento do tráfico de droga”, pois há relatórios de que “centenas de quilos de cocaína estarão a entrar clandestinamente” em operações que ocorrem “uma ou duas vezes por semana, sem nenhuma intervenção dos poderes públicos”.

A guerra civil na Síria, o eterno conflito no Médio Oriente e o fim da missão UNMIT em Timor-Leste serão outros dos tópicos abordados por Paulo Portas enquanto Portugal termina o mandato de dois anos no Conselho de Segurança. O lugar de membro não-permanente foi atribuído, no final de 2010, numa ‘corrida’ em Portugal bateu a Alemanha e o Canadá e termina a 31 de dezembro.

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