Moita Flores, candidato à Câmara Municipal de Oeiras que tem o apoio do PSD, acusa o líder do CDS de “não ter postura leal” no Governo. “Portas é o Futre da política. Sabe fazer a finta para estar do lado de fora quando lhe convém”, diz o independente, numa conferência organizada pela Juventude Social Democrata de Lisboa.
Candidato independente à Câmara Municipal de Oeiras, com o apoio do PSD, Moita Flores foi convidado a participar numa conferência, organizada pela JSD de Lisboa. E o presidente do CDS-PP, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, foi alvo de críticas.
“Paulo Portas continua a ser um mestre, é o Futre da política. Sabe fazer a finta para estar sempre do lado de fora quando lhe convém”, sublinhou Moita Flores, salientando que a crítica era pessoal e não ao CDS, sendo que essa era a sensação que tinha “como cidadão”.
O presidente da Câmara de Santarém, que termina o mandato e vai concorrer noutro município, nas próximas autárquicas de outubro, teceu críticas também aos candidatos independentes que, na verdade, são candidatos partidários que se disfarçam de independentes para não pagarem a fatura de um eventual voto de protesto (que poderá penalizar o PSD e o CDS).
Para Moita Flores, são “pessoas narcisistas, fruta podre, que mandam a moral para as urtigas quando lhes convém”.
Mas as críticas de Moita Flores também se dirigiram ao PS. Aludindo às divergências entretanto sanadas entre António Costa e António José Seguro, o candidato falou num “golpe de Estado no Largo do Rato”, à “porta fechada”, que se transformou em paz, “sem que se saiba o que se passou”.
Mas a realidade, segundo Moita Flores, “é que o PS está muito unido” e que as figuras de proa do partido apresentam lealdade. “ E o CDS não tem tido uma postura muito leal”, assinalou Flores, que apenas encontra um erro em Passos Coelho. “Dizer que nunca criticaria o passado”, refere. O primeiro-ministro não cumpriu essa promessa.
