O habitual ‘fog’ de Londres é, hoje, uma espessa nuvem de poluição. As emissões locais e industriais foram ‘condimentadas’ com areias vermelhas vindas do Saara. A gravidade da situação levou o Governo a emitir um alerta para uma grande parte de Inglaterra.
O ‘fog’ de Londres, o nevoeiro típico da capital inglesa, pouco teve de habitual na manhã de hoje. A poluição tem ganho dimensão e ainda recebeu o ‘contributo’ das areias vermelhas vindas do Saara, trazidas do deserto pelos ventos de sudeste.
Em vez do nevoeiro, Londres (tal como muitas outras localidades inglesas) acordou dentro de um espesso manto de poluição. São fumos produzidos por emissões locais (especialmente por veículos) e industriais que, segundo uma nota informativa do Ministério do Meio Ambiente britânico, são provenientes do continente europeu.
Estas emissões foram engrossadas com as areias do deserto do Saara. Numa escala específica para medir a poluição, o ‘fog’ em certas regiões do sul e do leste teve níveis entre os 9 e os 10, numa escala cujo máximo é 10.
No mesmo comunicado, o Ministério apela à população para que tenha cuidados redobrados ao circular a céu aberto.
“O conselho é mais importante para aquelas pessoas que são vulneráveis, se estiverem numa área de alta poluição, é para reduzir a quantidade de exercício físico ao ar livre ao longo dos próximos dias”, reforçou Paul Cosford, especialista do serviço nacional de saúde britânico, numa declaração citada pela BBC.
Como exemplo dos perigos, a imprensa britânica apontou a viatura oficial do primeiro-ministro: hoje de manhã, o carro de David Cameron estava coberto por uma fina película de areia vermelha.
“As minúsculas partículas que levamos para o organismo quando respiramos causam problemas imediatos para alguns indivíduos, como aqueles que têm asma, e contribuem para problemas de longo prazo para a maioria de nós, na formação de doenças cardíacas e derrames”, explicou Frank Kelly, investigador do Kings College, em Londres.
