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Poiares Maduro assegura que “Governo pretende requalificar” e não “despedir pessoas”

miguel poi maduroO ministro Adjunto, Miguel Poiares Maduro, assegura que a coligação não está “a prazo” e que o Conselho de Ministros de sábado servirá para definir “a direção política dos próximos dois anos”. Uma dessas direções é apostar em “requalificar” os funcionários públicos em vez de os “despedir”.

O ministro Ajdunto, Miguel Poiares Maduro, explicou ontem os motivos pelos quais o Governo vai reunir, sábado, em Conselho de Ministros extraordinário. O encontro servirá para para traçar a “direção política” a seguir nos “próximos dois anos”, tanto mais que a coligação que sustenta o executivo não está “a prazo”, apesar do aumento da contestação dentro do CDS.

“Não tenho qualquer indicador para dizer que isto é uma coligação a prazo. Estou presente nos conselhos de ministros e vejo diferentes posições”, adiantou Poiares Maduro, quando entrevistado ontem na TVI, acrescentando que “as diferenças dentro do Governo não são diferenças entre dois partidos”.

A coligação está sólida e o Governo está preparado para cumprir todo o mandato. “Não tenho qualquer indicação contrária”, sublinhou o mais recente ministro a ser empossado, a par do antigo secretário de Estado Marques Guedes.

A prova dessa solidez será dada no sábado, uma vez que todos os governantes foram convidados pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a apresentarem as medidas que entendem ser necessárias para o resto da legislatura. Será, antecipou o ministro Adjunto, uma “reflexão muito aberta sobre qual deve ser a direção política dos próximos dois anos”.

Uma “direção” que tem de acompanhar “a reorganização dos serviços do Estado”, uma das bandeiras deste executivo. “O Governo não tem intenção ou objetivo de despedir pessoas. O que o Governo pretende é requalificar essas pessoas”, garantiu Poiares Maduro, admitindo que esse processo “pode determinar que certos serviços sejam obrigados a deixar de existir”.

O ministro Adjunto reconheceu ainda que o país enfrenta uma “fadiga da austeridade”, o que serviu de mote para um novo apelo ao consenso dirigido ao PS e aos parceiros sociais, quer “em matéria de política europeia”, quer “em questões que ultrapassem a legislatura, como os fundos europeus e a RTP”. Neste último caso, Poiares Maduro é quem detém a tutela e insistiu que não vai interferir na reestruturação interna da estação pública.

O governante aproveitou ainda a entrevista para sublinhar “não há qualquer tipo de resistência do Governo a cumprir o acórdão do Tribunal Constitucional”, isto no que concerne ao pagamento do subsídio de férias aos funcionários públicos e pensionistas em junho: “um dos subsídios já está a ser pago desde janeiro e outro será no fim do ano. Num certo sentido, até é uma antecipação”.

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