Uma pesquisa conclui que a hepatite C pode ser combatida com um anti-histamínico (barato e de venda livre). Em ratos de laboratório, a clorciclizina HCI (CCZ) revelou-se eficaz no combate àquela doença. Cada comprimido daquele antialérgico custa apenas 50 cêntimos. O autor do estudo – trabalho publicado na ‘Science Translational Medicine’ – salienta, no entanto, que os doentes não devem tomar CCZ antes de o fármaco ser aprovado para esse efeito.
Um conhecido antialérgico muito barato, com venda livre nas farmácias, sem necessidade de receita médica, revelou-se eficaz no combate à hepatite C, num estudo feito com ratos que tinham células humanas.
O anti-histamínico clorociclizina HCI apresenta uma grande vantagem, em comparação com os mais recentes tratamentos antivirais que prometem a cura da hepatite C: é muito mais barato.
Cada comprimido daquele antialérgico – o clorciclizina HCI é usado para curar tosse, espirro e secreções nasais – custa apenas 50 cêntimos.
A facilidade de acesso ao fármaco e sobretudo o baixo custo apresentam-se como inovações, na luta contra a hepatite C.
No entanto, quem sofre de hepatite C não deve tomar CCZ antes de ser aprovado que este anti-histamínico “pode ser utilizado com segurança e eficácia com este propósito”.
A afirmação é do autor do estudo, Jake Liang, investigador norte-americano do Instituto Nacional de Doenças Diabéticas, Digestivas e de Renais.
Ficou provado em laboratório que o anti-histamínico bloqueia a infeção de hepatite C, ao impedir que o vírus invada as células do fígado.
Ao mesmo tempo, não provoca resistências, o que constitui um problema tratamento da doença hepática.
O estudo foi publicado na revista médica ‘Science Translational Medicine’ e resulta de uma análise a fármacos aprovados pela FDA – agência norte-americana que regula a área dos medicamentos. Refira-se que este medicamento foi aprovado há mais de cinco décadas.
“Com um perfil clínico estabelecido como uma medicação segura contra a alergia, um preço reduzido e uma estrutura química simples, o CCZ pode ser um medicamento eficaz e acessível, tendo em vista o tratamento da infeção”, realça o estudo.
Cerca de 185 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de hepatite C, uma infeção crónica do fígado que pode levar à morte, provocar cancros ou cirrose hepática.
Estima-se que morram, todos os anos, cerca de 400 mil doentes.