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Pobreza extrema: Há mais pessoas sem meios para necessidades básicas

pobreza2Segundo Eugénio Fonseca, da Cáritas Portuguesa, a pobreza extrema afeta cada vez mais pessoas em Portugal, em virtude da escalada do desemprego. “Não só há mais gente pobre, como mais gente muito, muito pobre”, refere ao Público, no Dia Internacional da Erradicação da Pobreza.

Há um número crescente de pessoas que enfrentam situações de pobreza extrema, segundo alerta Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas, que aponta como causa para este flagelo a perda do emprego, que deixou famílias sem rendimentos para a satisfação de necessidades básicas.

No Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, também o presidente da Assistência Médica Internacional, Fernando Nobre, alerta para a duplicação de postos de atendimento da AMI, o que significa que o problema da pobreza deixa cada vez mais pessoas vulneráveis.

“Há muito mais pessoas a tentar obter recursos básicos, nomeadamente alimentares, mas também para tentarem fazer face a outros encargos como a água, a luz e o telefone”, destaca Fernando Nobre, em declarações ao jornal Público.

O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) a 22 de dezembro de 1992, assinala-se neste dia 17 de outubro, com a finalidade de alertar consciências para defender um direito básico do ser humano.

Apesar de só ter sido instituída naquele ano, uma efeméride, em 1987, reforça a necessidade de combater a fome: a colocação de uma placa em homenagem às vítimas da miséria na Praça da Liberdade e dos Direitos Humanos, em Paris.

O objetivo do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza é mobilizar esforços no combate à pobreza, que continua a provocar vítimas, não obstante a humanidade conseguir produzir a quantidade de alimento necessário para responder às necessidades de todas as pessoas do mundo.

A pobreza e a fome assolam diversas regiões do mundo, com povos que vivem abaixo do limiar da pobreza e até países do primeiro mundo com a população a ser vítima deste problema.

O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza permite-nos tomar consciência de que há um longo caminho a percorrer, na superação deste problema humanitário, que se transformou numa causa.

Ontem, assinalou-se o Dia Mundial da Alimentação. Em Roma, almoçou-se lixo. Na sede da agência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Itália, as refeições foram confecionadas com produtos desperdiçados. Nas contas das Nações Unidas, um terço dos alimentos produzidos em todo o mundo não é consumido, enquanto 842 milhões de pessoas estão cronicamente privadas das quantidades mínimas de alimentos.

A agência da ONU, ao evocar o Dia Mundial da Alimentação, salienta que o desperdício alimentar – 1,3 mil milhões de toneladas de produtos por ano – equivale a 750 mil milhões de dólares, valor que não ajuda a alimentar nem combate a fome. “Com um quarto destas quantidades, é possível alimentar 842 milhões de pessoas famintas em todo o mundo”, garantiu Robert van Otterdijk, o responsável da FAO pelas infraestruturas rurais.

A pobreza extrema e o desperdício de alimentos são as duas faces de uma mesma moeda: a desigualdade social, que se acentua.

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