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Planeta igual à Terra pode ser encontrado até 2022 à volta das estrelas frias

asteroide_1Astrónomos acreditam que poderão encontrar um planeta semelhante à Terra, na próxima década, até 2022. Em entrevista à Agência Efe, o astrofísico Ignaci Ribas adianta que foram detetadas oito centenas de planetas à volta de estrelas frias, sendo que há fortes hipóteses de um deles ser semelhante à Terra.

A revelação foi feita durante o ‘Cool Stars 17’, um encontro internacional sobre estrelas frias, que decorre em Barcelona (Espanha). Em entrevista àquela agência, o astrofísico Ignaci Ribas revelou que foram encontrados 800 planetas à volta de estrelas frias, sendo que as possibilidades de um deles ter as mesmas caraterísticas da Terra é elevada.

Estimam os cientistas que, até 2022, será descoberta um novo Planeta Azul, em resultado dos estudos que estão a ser realizados na área. A elevada quantidade de planetas descoberta indicia que haverá pelo menos um apresente elevadas semelhanças com a Terra, sendo possível habitá-lo.

Ignaci Ribas diz mesmo que os astrónomos já têm uma noção da localização de um planeta com essas caraterísticas, mas ainda não existe no mundo tecnologia capaz de transportar o Homem a locais tão distantes, para uma experiência desse género. Até 2022, durante os próximos 10 anos, deverá ser possível ultrapassar essa barreira física, segundo Ribas.

Os astrofísicos que estão reunidos em Barcelona discutem até a eventualidade dessa nova Terra já estar habitada e colocam em cima da mesa a possibilidade de estabelecer contactos com esses seres, por via de sinais de rádio. No entanto, provavelmente nem no próximo século será possível criar uma tecnologia que permita comunicação em situações tão extremas, entre a Terra e um planeta semelhante, a uma distância elevada, à volta das estrelas frias.

Este ‘Cool Stars 17’ deixa desde já perceber que o conhecimento humano sobre o Universo é extremamente reduzido, ainda que surjam novas informações a cada dia que passa.

As estrelas frias – entre as quais o Sol – representam 80 por cento das que foram encontradas no Universo pelo Homem. Apelidam-se de “frias” porque apresentam temperaturas inferiores a 6000 graus negativos. Na galáxia terrestre, existem cerca de 200 mil estrelas com estas caraterísticas. Já as estrelas consideradas quentes (os restantes 20 por cento) apresentam uma temperatura mínima de 20 mil e uma máxima de 50 mil graus.

Neste encontro ‘Cool Stars 17’, que decorre em Barcelona, os cientistas trocaram informações que indicam o seguinte: as estrelas frias são maiores do que se julgava, o que vem alterar os modelos de estudo que são seguidos.

Mas não é apenas o tamanho das estrelas que foi a “música das estrelas”, que não é mais do que as vibrações dessas estrelas, comparáveis às diferentes notas musicais. Ignaci Ribas, astrofísico Instituto de Ciências do Espaço de Barcelona (CSIC) e do Instituto de Estudos Espaciais da Catalunha (IEEC), este som das estrelas permite determinar o seu tamanho, composição e evolução ao longo do tempo.

Durante este ‘Cool Stars 17’ os cientistas apresentaram os primeiros resultados da Kepler, uma missão da NASA que tem como finalidade determinar a localização de planetas extrassolares, recorrendo a uma técnica semelhante às usadas na sismografia. Em Barcelona, abriram-se os horizontes da astronomia.

Nos próximos anos, os astrónomos vão dar seguimento aos estudos das estrelas frias, com o fim supremo de encontrar um planeta semelhante à Terra, eventualmente habitado. Esse é o sonho de um astrónomo, cada vez mais próximo da realidade. E 10 anos é muito pouco, para quem esperou séculos.

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