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Pilotos da TAP cancelam greve após acordo com a administração

tapPilotos da TAP cancelam greve, após acordo com a administração da transportadora aérea portuguesa. Na véspera da paralisação, e numa altura em que o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil acusava a TAP de “intimidação”, já com uma providência cautelar para evitar a greve, as partes chegam a acordo e a greve não avança.

Está cancelada a greve dos pilotos da TAP, que arrancaria nesta quinta-feira. A administração da transportadora e os pilotos estabeleceram um acordo que suspende a greve.

A decisão de anular a greve “resulta de um entendimento alcançado entre os pilotos e a administração da TAP, através da importante mediação do Governo”, revela o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), em comunicado.

Ao abrigo do mesmo acordo, está prevista “a criação de um grupo de trabalho tripartido para a resolução dos problemas que motivaram a greve”, realça o sindicato na mesma nota.

O SPAC tinha entregue à TAP um pré-aviso de greve a 21 de junho, onde constavam as paralisações de 5 a 8 de julho e de 1 a 5 de agosto.

O sindicato exigia a “cessação imediata de funções dos titulares dos cargos de diretor de operações de voo e piloto chefe” e ainda a “anulação de todas as faltas injustificadas ou sanções acessórias aplicadas aos pilotos, decorrentes direta ou indiretamente de interpretações unilaterais do Acordo de Empresa por parte da administração a TAP”.

As divergências entre pilotos e TAP pareciam insuperáveis, sobretudo depois de a associação sindical ter acusado a administração de “perseguição e intimidação”.

Por outro lado, os pilotos, através do sindicato, lamentavam os aumentos significativos na remuneração de alguns chefes e diretores, numa época em que a TAP reduzia custos. O presidente da SPAC acusava a administração da transportadora de “práticas de gestão deficitária”.

Os pilotos pretendiam, ainda, que, “perante a iminência da privatização”, fossem olhados “como parte da solução”. A SPAC esteve reunida na semana passada com a administração da empresa e com o ministério da Economia, tentando um acordo nestas questões levantadas.

E já depois de a transportadora aérea portuguesa ter apresentado uma providência cautelar, para travar estas greves dos pilotos, surge o acordo entre as partes, que representa um mal menor para a TAP, que não evita prejuízos.

A TAP previa que estas greves cancelassem 97 por cento dos voos agendados, afetando mais de 2000 voos. No total, a transportadora estimava que 307 mil passageiros sofreriam cancelamentos de voos ou atrasos.

O Tribunal Arbitral ordenara à TAP a realização de todos os voos de regresso a Portugal, ao longo dos nove dias de greve, não só para o continente como para as regiões autónomas, bem como outras ligações para alguns países.

Os contornos do acordo entre pilotos e transportadora aérea estão por esclarecer.

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