Portugal conseguiu aumentar as quotas de pesca para 2013, com uma subida média de 2,5 por cento. É que, se os limites para algumas espécies aumentaram (como no bacalhau, carapau e na pescada), outras viram os máximos a reduzir: são os casos de raia, lagostim e tamboril.

Foi “uma boa negociação”, como resumiu a ministra do Mar, Assunção Cristas, após cerca de 15 horas de reunião. Portugal voltou a ter um aumento generalizado das quotas pesqueiras, vendo os limites subirem em média 2,5 por cento, depois de, no ano em vigor, já terem crescido seis por cento.

“Conseguimos, pelo segundo ano consecutivo (e creio de não há memória que tenha acontecido alguma vez), ter um aumento nas nossas quotas. Estamos a falar de 2,5 por cento, quando a Comissão Europeia propunha inicialmente uma diminuição de 11 por cento”, congratulou-se a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território.

Assunção Cristas tinha partido para Bruxelas com a intenção de defender, pelo menos, a manutenção das quotas, mas após uma negociação “intensa” e “dura” acabou por conquistar um resultado “muito positivo”, que resulta da União Europeia reconhecer que as pescas nacionais “respeitam os pareceres científicos” e são, por consequência, sustentáveis.

A melhor notícia, de acordo com a própria governante, é o aumento da quota do bacalhau, por ser “um peixe que nos é muito caro”. A subida de 20 por cento vai permitir capturar um total de 7783 toneladas. As quotas também subiram para o carapau (31 por cento), para 5319 toneladas) e para a pescada (15 por cento), que agora pode ir até às 4224 toneladas.

Houve, porém, espécies que viram os limites máximos a recuar. A nível percentual, a maior descida foi registada no tamboril, que perdeu 25 por cento e no qual só é permitido pescar até 410 toneladas. A raia ficou limitada a 660 toneladas ao cair 10 por cento, a mesma percentagem registada no lagostim, cujo máximo é agora 184 toneladas.