Falar sobre a ligação do ministro Rui Machete ao BPN é algo “requentado”, no entender de Pedro Lomba. O secretário de Estado adjunto do ministro Adjunto sublinha que “não há dúvidas sobre a legalidade” das operações com ações do banco realizadas no passado por Machete.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, foi um dos que lucrou com a negociação bolsista de ações do Banco Português de Negócios (BPN), pertencente ao grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN) e à qual o mesmo Machete esteve ligado. O governante já confirmou ter tido um lucro de 150 por cento na operação, “isenta de crítica”, e agora foi a vez de Pedro Lomba defender o ministro.

“Não há dúvidas sobre a legalidade dessa operação”, garantiu o secretário de Estado adjunto do ministro Adjunto, no ‘briefing’ de hoje. O responsável pelos encontros com os jornalistas (que, em agosto, se vão realizar às terças e sextas-feiras) lamentou que a comunicação social insista num assunto “requentado”, no dia em que Público relatou o lucro de 150 por cento registado por Rui Machete.

“O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros Estrangeiro já veio prestar esclarecimentos sobre essa matéria, confirmou essa operação”, frisou Pedro Lomba, tentando concluir a insistência dos jornalistas sobre a matéria: “não vou acrescentar mais nada ao que ministro dos Negócios Estrangeiros já disse sobre essa matéria”.

Rui Machete, solicitado por duas rádios, já esclarecera não saber quanto tinha obtido de lucr com a operação: “não faço ideia a quanto compraram. Foi o preço que me pediram, foi o preço que paguei”.