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Pedro Cabeçadas não conseguiu votar porque estava ‘morto’

voto210votoUm ato eleitoral é propício a casos insólitos. Ontem, em Faro, um homem com 64 anos foi impedido de votar porque estava morto. Foi o próprio ‘falecido’ , Pedro Cabeçadas, a explicar o motivo pelo qual não constava dos cadernos eleitorais.

Um residente em Faro foi impedido de votar porque, apesar de ter comparecido na mesa, estava morto. O caso ocorreu ontem com Pedro Cabeçadas, depois de “a Comissão Nacional de Eleições ter mandado uma carta e esta ter sido devolvida com a indicação de que tinha falecido”, conforme lhe explicaram na Junta de Freguesia da Sé.

“Isto é ridículo, mas é o país que temos”, comentou o ‘falecido’, citado pela Lusa: “convocam mortos para ir votar e não deixam os vivos votar, porque dizem que estão mortos. É o que temos, infelizmente”.

Pedro Cabeçadas, de 64 anos, supõe que a origem do problema terá estado na agregação de freguesias. No sábado, ainda enviou uma SMS para o número disponibilizado para o efeito, mas não obteve resposta. Sem saber onde votar, “decidi deslocar-me logo à Junta de Freguesia da Sé e, apesar do esforço inexcedível da funcionária, não consegui obter resposta, porque o meu nome não consta dos cadernos eleitorais”.

Foi a primeira vez, segundo o ‘morto’, que não conseguiu exercer o direito de voto. “Cheguei a pensar nem ir votar. Mas votei sempre e não votar é uma atitude pouco digna. Por isso, decidi que tinha de ir mesmo votar, mas não sabia em quem. Assim, já não tenho esse problema. Como fui impedido de votar, já tenho esse problema resolvido”, acrescentou.

Pedro Cabeçadas insistiu que a situação ainda é “mais estranha porque não houve mudança de residência, de estado civil ou de qualquer outro dado pessoal”, reforçando que votou “toda a vida em Faro, estando inscrito na Junta de Freguesia da Sé e tendo integrado já assembleias de voto”.

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