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Paulo Macedo anuncia mais 2000 médicos nos quadros para reduzir recurso a horas extraordinárias

paulo_macedoPaulo Macedo, ministro da Saúde, afirmou que vai contratar 2000 médicos até ao final de 2013. Em entrevista à RTP, Macedo revelou que quer reduzir despesa com número de horas extraordinárias contratadas, através do reforço dos quadros. O ministro da Saúde abordou ainda as “inaceitáveis” contratações de profissionais de saúde a menos de quatro euros e garantiu que vai definir um “valor mínimo para os concursos públicos”.

O titular da pasta da Saúde adiantou em entrevista à RTP que o Ministério da Saúde vai contratar mais 2000 médicos: um milhar ainda em 2012 e mais mil durante o próximo ano, para suprir as carências do Serviço Nacional de Saúde.

“Assumimos o compromisso de abrir estes concursos para médicos, porque os hospitais precisam desses recursos e reduzir o recurso horas extraordinárias”, afirmou Paulo Macedo. O objetivo do Ministério da Saúde é reduzir a quantidade de horas contratadas: “Menos de dois milhões em 2012 e menos de 1,5 milhões em 2013”.

Paulo Macedo realçou que os hospitais necessitam de médicos especialistas nos quadros, cenário que levou o SNS a contratar milhões de horas, nos últimos anos. Essas contratações de horas eram feitas por ajuste direto, mas atualmente usa-se um sistema de concurso público, que assegura maior transparência.

Com a abertura de vagas para médicos, reduz-se a quantidade de horas extraordinárias contratadas, o que permitirá uma redução de custos nos hospitais.

O ministro da Saúde abordou ainda a greve dos médicos e revelou que está em cima da mesa a “hipótese” de recorrer à requisição civil, para assegurar os serviços mínimos. No entanto, realçou Macedo, esse cenário só se coloca numa situação extrema.

A polémica questão dos pagamentos a profissionais de saúde por menos de quatro euros, quer no que diz respeito a enfermeiros, quer na contratação de nutricionistas, vai merecer medidas do Ministério. Paulo Macedo garante que vai definir “um valor mínimo a pagar aos profissionais de saúde”, para que não se repitam situações como as que foram denunciadas pela Ordem dos Enfermeiros.

“Não nos parece minimamente aceitável que haja pagamento de salários de quatro euros a profissionais qualificados. Nos próximos concursos, não serão aplicadas remunerações que vão abaixo daquilo que é o mínimo da tabela salarial”, assegurou ainda o ministro, à RTP.

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