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Paulo Macedo troca “obsessão financeira” pela manutenção do Serviço Nacional de Saúde

paulo_macedoPaulo Macedo não gostou de ser acusado de “obsessão financeira” na gestão do setor e respondeu ter como prioridade manter o Serviço Nacional de Saúde, apesar das “ameaças de corte nos fornecimentos” com que o Ministério tem sido confrontado.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou hoje estar obcecado em manter o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em resposta às críticas do bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, para quem o governante tem “uma obsessão financeira” sem “olhar às consequências”. No capítulo das finanças, Macedo só lamenta que o Ministério tenha sido confrontado, regularmente, com várias “ameaças” por parte de fornecedores e serviços.

“Espero que ninguém se esqueça de que, não só estamos numa situação de emergência, mas de que fomos confrontados ao longo deste ano, sistematicamente, com ameaças de cortes, que não eram na despesa, mas nos fornecimentos ao SNS, seja de medicamentos, de serviços de hemodiálise e de outros. Esses sim, por razões financeiras”, reforçou o ministro, à saída da tomada de posse da nova administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, liderada por José Abrantes Afonso.

Reconhecendo que “a saúde, em todo o mundo, é um grande negócio”, Paulo Macedo sublinhou que a lógica governamental é sempre oposta à dos “diferentes interlocutores” do setor, os quais têm “objetivos financeiros muito claros de manter os seus rendimentos”. O fundamental, assegurou, é manter “a acessibilidade dos doentes aos cuidados de saúde sempre em cima da mesa”, como foi visível no surto de gripe do último inverno, quando “os doentes foram atendidos e tratados com uma qualidade assistencial significativa”.

Um dos principais “interlocutores” é a poderosa indústria farmacêutica, da qual saíram já várias ameaças de cortes no fornecimento de fármacos aos hospitais, devido às dívidas por parte do setor hospitalar. “Na área do medicamento se houve progressos foi este ano. Eu diria que nunca em 12 meses houve um aumento tão grande de acesso a medicamentos como este ano”, respondeu o ministro.

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