“Tal convite nunca me foi dirigido”, afirmou Passos Coelho, primeiro-ministro, em Bruxelas. O chefe de Governo reagiu ao alegado apelo de José Sócrates, que garantiu ter chamado Passos para o executivo, quando o PS não tinha maioria parlamentar.
Pedro Passos Coelho negou, em Bruxelas, que José Sócrates o tenha convidado para integrar o Governo socialista, quando Sócrates era primeiro-ministro e Passos era líder da oposição.
Em entrevista à TSF, recorde-se, José Sócrates revelou que, quando era primeiro-ministro, tentou por mais do que uma vez chamar Passos Coelho ao Governo socialista, para que o país evitasse uma crise política, já que o PS não tinha maioria parlamentar.
“Falei duas ou três vezes com o então líder da oposição [Passos Coelho] nessa possibilidade. Isso foi recusado porque o líder da oposição queria ser primeiro-ministro”, revelou Sócrates.
Pedro Passos Coelho foi confrontado com esta afirmação e desmentiu-a. “Tal convite nunca me foi dirigido, mas não vou fazer nenhuma observação sobre essa matéria ou outras do passado”, afirmou o primeiro-ministro, em declarações aos jornalistas, à margem do Conselho Europeu, em Bruxelas.
Recorde-se que Sócrates, quando foi eleito primeiro-ministro sem maioria, tentou obter um consenso, ouvindo todos os partidos com assento parlamentar. No entanto, nenhum partido aceitou qualquer acordo e o PS teve de governar sozinho, sucumbindo ao chumbo do PEC 4, rejeitado por todos os partidos da oposição.