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Passos Coelho não vai ceder à “tentação de mudar o rumo”

passos_coelho4Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, revela que vai resistir a qualquer “tentação de mudar o rumo” e garante que se manterá firme na resposta aos “profundos e complexos problemas da economia portuguesa”. Passos Coelho discursava na Universidade do Minho, no dia em que, em Braga, contornou uma manifestação que juntou dezenas de pessoas.

O primeiro-ministro não vai mudar de rumo, nem “ceder à tentação de mudar de rumo”, apesar de ouvir permanentes “pseudo-soluções” para Portugal. Passos Coelho considera que o país está perante problemas “profundos” e critica as “terríveis simplificações”.

Na Universidade do Minho, onde discursou durante a cerimónia de apresentação de uma parceria entre aquela instituição e a Bosch Car Multimedia Portugal, Pedro Passos Coelho lamentou ainda que “haja uma tentação de esquecer os erros do passado”.

Num discurso crítico para a oposição, o primeiro-ministro diz que não vai “ceder perante a primeira dificuldade” e que “sabia da probabilidade de enfrentar reveses”. E por isso não altera nenhum dos pontos essenciais da sua política, sobretudo no que diz respeito ao tempo do plano de ajustamento financeiro.

“Em tempos de crise, há a tendência de apresentar “pseudo-soluções, mesmo que mostrem incapacidade de resolver problemas”, disparou Passos Coelho, numa crítica implícita sugerida pelo secretário-geral do PS, António José Seguro, que pretendia que o plano de ajuda da troika fosse dilatado no tempo.

Mas, Passos Coelho não concorda e considera que as críticas ao Governo e as propostas para solução dos problemas de Portugal são “declamações vazias de conteúdo”. Portugal tem de estar preparado para “resistir às terríveis simplificações, para que fortaleça a Democracia”.

“O Governo tem respondido com coragem aos problemas, por mais profundos e completos que se apresentem. E esta a abordagem do Governo continuará, quer estejamos a negociar com os nossos parceiros europeus, quer quando avançamos com as reformas estruturais”, sublinhou Pedro Passos Coelho.

No dia em que tentou escapar a uma manifestação em Braga, Passos Coelho prometeu um “diálogo permanente com o povo”, num diálogo construtivo que privilegie frontalidade e transparência, até porque os “sacrifícios que os portugueses estão a fazer redobram essa exigência”.

“Devemos apresentar soluções sólidas, mas sem atalhos. Devemos apontar um horizonte realista de esperança”, sublinhou o primeiro-ministro, nesta parceria entre a Universidade do Minho e a Bosch Car Multimedia.

No âmbito desta parceria, será criado em Braga um Centro de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, que implicará um investimento de 15 milhões de euros durante os próximos cinco anos.

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