Pedro Passos Coelho e o Governo “não devem atirar a toalha ao chão”, defende Marcelo, comentador na TVI. Já Marques Mendes vê o executivo PSD e CDS “encurralado”. O Tribunal Constitucional pode chumbar duas normas do Orçamento de Estado, numa altura em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates se prepara para o regresso.
Numa semana marcada pelo acentuar da separação política entre PS e PSD, com uma crise política a perspetivar-se, o Governo de Passos Coelho – que Marques Mendes vê “encurralado” – poderá ter ainda outro obstáculo pela frente: o chumbo do Constitucional de duas normas do Orçamento de Estado.
Apesar de tudo, Marcelo Rebelo de Sousa entende que “Passos Coelho faz bem em não vai atirar a tolha ao chão”, até porque um cenário de eleições antecipadas representaria um retrocesso para a estabilidade do País.
Na TVI, Marcelo defendeu que o primeiro-ministro deve resistir e “correr com Relvas”, numa remodelação do Governo que se torna necessária, dadas as circunstâncias que Passos Coelho enfrenta.
Esta remodelação é pedida pelo próprio CDS, que segundo alguns jornais está a pressionar Passos para afastar do executivo os ministros Miguel Relvas e Álvaro Santos Pereira. Algumas vozes fortes centristas, como António Pires de Lima, Diogo Feio e Telmo Correia, terão vincado essa necessidade de remodelação do Governo, na Comissão Política Nacional do Partido Popular.
“É uma maçada, mas Passos Coelho tem que correr com Relvas”, reforçou Marcelo Rebelo de Sousa, ontem, no comentário semanal que assina na TVI. O PSD e o CDS devem manter o Governo sólido e não cederem às próprias pressões internas, perante a iminência de um chumbo do Constitucional aos cortes dos subsídios de férias e da sobretaxa.
