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Passos Coelho: “Mercados não acreditam no Governo”

Líder social-democrata justifica quebra de confiança do PSD no Governo. “Quando percebemos que não há alternativa, temos de enfrentar o problema e a melhor forma de o fazer é dar a palavra aos portugueses”, diz Pedro Passos Coelho, em entrevista à SIC. PSD quer chegar ao mesmo destino que Sócrates definiu, mas por estradas diferentes.

Segundo Passos Coelho, Portugal vive “uma crise formalmente apresentada, mas que já existe há muito tempo”. Os bancos portugueses “não se conseguem financiar”, os títulos de dívida pública “enfrentam taxas de juro elevadas” e “não foi agora que esse problema surgiu”.

“Quando revimos o PEC, impusemos ao Governo que cortasse despesa, em tudo o que era dispensável. Ao mesmo tempo, impusemos que travasse investimentos públicos. O que aconteceu foi o contrário. A alternativa é, em vez de ficarmos à espera que os impostos façam tudo, atacar o excesso de despesa. É o que o Governo não consegue”, alegou.

Passos Coelho considera que “os mercados não acreditam no Governo” e que Sócrates “falhou”. E o caminho para a retoma não pode ser feito “à custa das pessoas que estão mais desprotegidas”. Estas “não podem ser alvo da austeridade do Estado”. Certo é que se o IVA for aumentado, o líder do PSD reduzirá a capacidade dos mais desprotegidos.

Questionado sobre os efeitos negativos que uma crise política possa provocar, nomeadamente no que diz respeito ao rating, o social-democrata deixou escapar que o PSD vai ter de seguir o mesmo caminho de austeridade de Sócrates. “PSD e PS estarão empenhados em reduzir o défice”, afirmou.

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