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Parlamento: Rui Rio quer “cadeiras vazias” em nome dos votos nulos e brancos

rui riorui rio consultorO ‘partido da abstenção’ deve ter assento no Parlamento, defende Rui Rio. O ex-‘vice’ do PSD simpatiza “com a ideia de os votos brancos e nulos elegerem cadeiras vazias”, as quais seriam uma prova do “enfraquecimento” da democracia e um incentivo para “revitalizar o regime”.

Os seis partidos que atualmente integram a Assembleia da República – PSD, PS, CDS, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes – deviam ter menos deputados, no entender de Rui Rio. Para o ex-autarca do Porto, faltam as “cadeiras vazias” que representem os votos nulos e brancos.

“Eu simpatizo com a ideia de os votos brancos e nulos elegerem cadeiras vazias”, afirmou Rui Rio, durante um debate na Ordem dos Economistas, em Lisboa.

“Enfraquecimento”

Para o político que chegou a vice-presidente do PSD, a representação prática da abstenção e da nulidade, traduzida nas “cadeiras vazias”, seria um alerta para o “enfraquecimento” da democracia em Portugal, que caminha para “um grau muito baixo”.

“Aquilo que mais precisamos é um entendimento para revitalizar o regime e procurarmos ter uma democracia bem mais saudável”, sustentou Rui Rio.

“Interesses corporativos”

Pior do que uma ditadura, no entender do antigo autarca portuense, é uma ‘falsa’ democracia que, em vez do interesse público, promova os “interesses setoriais e corporativos”.

“Acabaremos por ter não exatamente uma coisa que podemos classificar de ditadura, mas iremos evoluindo para uma democracia de grau muito baixo, ou seja, uma democracia em que, pelo seu enfraquecimento, cada vez mais interesses setoriais e corporativos se imponham ao poder político”, argumentou.

“Estou quase capaz de dizer que a hipocrisia é um dos barómetros possíveis para aferirmos a saúde de um regime”, acrescentou Rui Rio.

“Já que se fala de entendimento entre os partidos”, é altura de aproveitar para se ir “muito mais longe”, reforçou: “aquilo que mais precisamos é um entendimento para revitalizar o regime e procurarmos ter uma democracia bem mais saudável”.

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