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Paralisia da ERC obriga o PS a chamar o ministro Relvas à Assembleia da República

miguel_relvasA deliberação inconsequente da ERC sobre o caso Relvas vai obrigar a Assembleia da República a invocar o esclarecimento da situação, de acordo com o PS. O presidente da bancada socialista aguarda que o ministro não se esconda atrás do “biombo” PSD/CDS.

O caso da pressão de Miguel Relvas sobre uma jornalista do Público, bem como sobre o próprio diário, continua sem conhecer um final. A deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), segundo a qual houve pressões inaceitáveis que não ficaram provadas, levantou um coro de contestação. Agora, é o Partido Socialista quem diz que, uma vez que a ERC abdicou de atuar, terá de ser a Assembleia da República a esclarecer o sucedido.

“Ninguém ficou convencido com o relatório”, adianta Carlos Zorrinho, presidente da bancada do PS no Parlamento, justificando a iniciativa de chamar Miguel Relvas à casa da Democracia: “se a própria ERC diz que limita o seu julgamento a uma espécie de memória descritiva, então a Assembleia da República tem de ir para além disso”.

Contudo, essa convocatória nunca será realidade, pois a maioria PSD/CDS já garantiu que chumbará qualquer proposta nesse sentido. Resta, a Zorrinho e ao PS, esperar que o ministro não seja cobarde.

“Já em ocasião anterior disse que era do interesse do país e do ministro que todas as questões fossem rapidamente esclarecidas. Se a maioria PSD/CDS chumbar a vinda do ministro à Assembleia da República, espero que seja o ministro, por iniciativa dele, que não aceite esconder-se no biombo da maioria e esclareça tudo”, afirmou o líder da bancada socialista.

Caso Relvas se esconda atrás desse “biombo”, o PS admite recorrer a um recurso regimental pouco habitual: “embora haja a consciência de que o calendário parlamentar é já muito apertado, o PS ponderará então a hipótese de forçar esse esclarecimento, através de um agendamento potestativo”.

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