{loadposition inline}A prestigiada revista Time elegeu o Papa Francisco como a figura do ano de 2013, reconhecendo no Sumo Pontífice a capacidade de devolver à Igreja Católica a força perdida, como “nova voz da consciência”. “É raro verificar-se um novo ator da cena mundial a captar tão rapidamente a atenção dos mais novos e dos mais velhos, dos crentes e dos céticos”, justifica a editora da Time, Nancy Gibbs.
Francisco foi eleito pela Time a personalidade do ano de 2013, pela sua capacidade de dar força à Igreja Católica, com um discurso de humildade, compaixão e amor pelo próximo. A prestigiada revista norte-americana destaca a rapidez com que o Papa “cativou crentes e céticos”.
“É raro verificar-se um novo ator da cena mundial a captar tão rapidamente a atenção dos mais novos e dos mais velhos, dos crentes e dos céticos”, realça a editora Nancy Gibbs.
“Numa altura em que os limites da liderança estão a ser testados em tantos lugares, eis que surge um homem sem exército nem armas, sem reino para além de um estreito punhado de terra no meio de Roma, mas com uma imensa riqueza e o peso da história por trás dele, para vencer um desafio”, sublinha ainda Nancy Gibbs, referindo-se ao Papa Francisco, que se colocava como principal candidato à nomeação.
Além de Francisco eram candidatos ao título entregue todos os anos pela Time personalidades como Edward Snowden – ex-consultor informático responsável pela denúncia de sistemas de vigilância e espionagem dos EUA – e Bashar al-Assad, líder sírio e um dos responsáveis por uma guerra civil que se prolonga no tempo, sem fim à vista.
Outros nomes que poderiam ser eleito como figura do ano de 2013 eram a ativista Edith Windsor e Ted Cruz, ambos com papel preponderante em decisões da Justiça e da política nos EUA.
O Papa Francisco, no entanto, foi o escolhido pela revista norte-americana, por representar uma “nova voz de consciência” que se colocou “no centro dos diálogos do nosso tempo, sobre a riqueza e a pobreza, sobre a equidade e a justiça, sobre a transparência, a modernidade, a globalização, papel das mulheres, natureza do casamento, tentações do poder”.
O líder da Igreja Católica está, segundo a Time, a promover uma mudança numa das mais antigas instituições do mundo. “Uma mudança que não acontece por acaso”, realça a diretora da Time.
“Em menos de um ano [desde que foi eleito Papa], Francisco fez algo notável: não mudou as palavras, mas a música”, não temendo os grandes tabus da Igreja, desde a pedofilia à corrupção, que envolve padres.
O Papa Francisco, recorde-se, criou uma comissão que visa proteger menores de idade que são vítimas de abusos sexuais, por membros da Igreja Católica. O objetivo desta comissão é auxiliar a missão papal no combate a estes crimes que alguns membros do clero praticam.
A revelação de que o Papa pretende criar um órgão de combate à pedofilia na Igreja foi feito por Sean Patrick O’Malley, arcebispo de Boston e um cardeal muito próximo do Sumo Pontífice.
Esta comissão vai fazer um acompanhamento permanente de menores que sofram atos de abusos sexuais e irá também apostar na experiência de pessoas que conheçam aprofundadamente este fenómeno da pedofilia, quer na legislação, quer no apoio psicológico que deve ser dado às vítimas.
A comissão criada pelo Papa Francisco está a ser ultimada, no que diz respeito à sua composição, mas também no que concerne às competências que o órgão terá.
Brevemente, o líder da Igreja Católica comunicará ao mundo um documento com estes pormenores, que serão discutidos em parceria com as forças de segurança e outras entidades que combatem a pedofilia e prestam apoio às crianças que são alvo de abusos sexuais.