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Pandemrix: Vacina da gripe A aumenta risco de narcolepsia

A Pandemrix, vacina para a gripe A (H1N1) utilizada em Portugal, tem uma relação direta com casos de narcolepsia em crianças e adolescentes, segundo um estudo feito na Finlândia e na Suécia. Os riscos de desenvolver esta perturbação do sono são seis a 13 vezes superiores.

A Agência Europeia do Medicamento já lançou o alerta: a Pandemrix está associada a um aumento do risco de sofrer de narcolepsia, doença que provoca uma vontade de dormir incontrolável e que afeta as estruturas cerebrais que controlam o sono.

Nesse sentido, a vacina não deve ser ministrada em menores de 20 anos. Em declarações à RTP, o médico Fernando Chaves lembra, no entanto, que “este estudo reflete o que aconteceu na Suécia e na Finlândia”.

E este aparente pormenor deve ser tido em conta, porque “os portugueses são geneticamente diferentes dos nórdicos”. Assim, os efeitos da vacina podem não ser idênticos. Em Portugal, foi apenas registado um caso de narcolepsia.

Contudo, há algo que deve merecer reflexão: “Como estamos perante uma vacina nova, feita à pressa, num quadro pandémico, houve alguma desorganização, como se comprova com as sobras. Nesse quadro, deve ponderar-se, sempre, se é avisado aplicar a Pandemrix”.

Fernando Chaves defende que, independentemente dos perigos que acarreta, a aplicação de uma vacina, como sucede com a prescrição de qualquer medicamento, “deve ser bem ponderada”.

“A Pandermix só deve ser ministrada a grupos de risco: crianças e adolescentes com doenças cardíacas, respiratórias graves, doenças endocrinológicas ou com doenças de autoimunidade ou imunodeficiência”, defende.

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