Mundo

Pais abandonam menina chinesa por ter mutação genética rara

menina_lobisomemA síndrome do lobisomem é uma doença rara, que levou a família de uma menina chinesa a abandoná-la, quando tinha apenas 2 anos de vida. Liu Jiangli foi deixada num berçário localizado na província de Guizhou.

Uma menina de 2 anos foi abandonada pelos pais, apenas porque padece de uma doença rara, que atinge uma em cada 10 mil milhões de pessoas. Liu Jiangli nasceu com a síndrome do lobisomem, o que faz com que tenha uma parte significativa do corpo coberta de pelo.

Essa característica que a diferencia foi suficiente para que não merecesse o afeto da família, que deixou a criança num berçário localizado na província de Guizhou, na China. Liu Jiangli contava apenas 2 anos.

Depois de recolhida pela instituição, deu-se início a uma procura pelos progenitores, através da colocação de anúncios nos jornais. A procura de familiares acabou por resultar, passados alguns meses: o avô de um primo da menina acolheu-a.

Chama-se Liu Mingying, tem 48 anos, e quis colocar a menina na escola, mas temeu insultos e maus-tratos psicológicos a que Liu Jiangli pudesse ser sujeita, em virtude da sua doença.

Chama-se hipertricose lanuginosa congénita e resume-se a um excesso de pelo em todo o corpo. A hipertricose é uma mutação genética, caracterizada por uma disfunção no desenvolvimento das células responsáveis pelo crescimento de pelos (que acabam por crescer mesmo em zonas do corpo como pálpebras, ou testa).

Liu Jiangli, hoje com 6 anos de idade, tem grande parte do corpo coberta, sendo que há casos em que apenas as palmas das mãos e dos pés ficam imunes. As pessoas que padecem deste distúrbio só têm as palmas das mãos e dos pés sem pelos. Em todo o mundo, desde a Idade Média, foram reportados 50 casos de hipertricose, o que confere mediatismo a todas as pessoas com este problema. Três desses 50 casos estão debaixo do mesmo teto.

Em destaque

Subir