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Os 18 jovens que a Google acha que podem mudar o mundo

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A Google está presente me praticamente todos os aspectos da nossa vida. Se queremos um motor de busca…vamos ao Google. Se recebemos um email….consultamos o Gmail. Se queremos ver um vídeo na internet é quase certo que vamos ao….Youtube. E agora apresento-vos mais um assunto onde a Google domina por completo: a descoberta dos jovens mais promissores do mundo. Digamos que a empresa organizou uma Feira de Ciência (global, como não podia deixar de ser), onde qualquer jovem do mundo podia submeter a sua ideia/projecto e tentar conquistar um lugar nos finalistas e vencer a competição. O júri é composto por especialistas de todo o mundo e só podiam concorrer os jovens entre os 13 e os 18 anos de idade. Este ano decorreu a quarta edição da competição e os adolescentes referidos nesta crónica foram os vencedores! Deixe-se conquistar pela inteligência fora do comum que todos estes jovens partilham e renda-se à evidência de que, muito provavelmente, parte do futuro da humanidade está nas mãos deles.

Antes de irmos aos sobredotados (vão perceber que é totalmente justo afirmá-lo) é necessário referir que a ordem com que os jovens serão mencionados é completamente aleatória, não existindo assim um “Top” dentro da lista de vencedores.

Comecemos por Kenneth Shinozuka. Tem 15 anos de idade e não se deixem enganar pelo nome: é norte-americano. Kenneth inventa, desde há vários anos atrás, diversos produtos que visam responder às necessidades do seu avô, doente de Alzheimer. Como por exemplo, uma banheira inteligente que envie um aviso para o seu relógio de pulso de cada vez que o seu avô cair durante o banho. Posteriormente criou uma caixa de comprimidos que emite um alerta sonoro (assim como uma luz que pisca de forma intermitente) alertando o cidadão (neste caso o seu avô) que está na hora de tomar os seus medicamentos. E a sua última invenção é um aparelho que permite registar os passos do seu avô a fim de evitar que, por exemplo, se levante a meio da noite e se perca por casa ou mesmo pela rua (algo que os estudos provam que acontece a 65% dos doentes de Alzheimer).

Ficaram impressionados com o trabalho de Shinozuka? Então esperem só para ver o projecto deste jovem indiano de 16 anos chamado Arsh Dilbagi. Ele inventou a próxima geração de Argumentative and Alternative Communication(AAC), ou seja, um dispositivo para pessoas portadoras de doenças que as impedem de comunicar verbalmente. Dá pelo nome de “TALK” e basta ao utilizador emitir uma de duas expirações (mais curta ou mais longa) para que o robot converta as mesmas em palavras e frases (através do código morse) e as pronuncie em qualquer uma das nove vozes diferentes disponíveis (que variam em idade e género). Arsh afirma que a sua invenção tem os mesmos resultados que as outras opções que se encontram no mercado actual sendo inclusivamente muito mais barata.

Agora temos um trio: Ciara Judge, Émer Hickey e Sophie Healy-Thow. Partilham a idade (16 anos) e a nacionalidade (irlandesa) e através da observação e estudo da bactéria Diazotrofos perceberam que a mesma ajuda no crescimento dos legumes, interrogando-se de seguida se não teria o mesmo efeito no trigo, na cevada e na aveia. Através da experimentação descobriram que a mesma bactéria acelera a germinação das culturas de cereais, em média, até 50% e a produção em 30%. O objectivo é reduzir o uso de fertilizantes e simultaneamente lutar contra a crise alimentar global.

O próximo protagonista dá pelo nome de Mihir Garimella, tem 14 anos e é norte-americano.

Este petiz com idade para jogar consola dia e noite estudou os olhos e o cérebro das moscas da fruta (sim, leu bem, das moscas da fruta) a fim de perceber como conseguem elas escapar aos predadores em meros milésimos de segundo. Qual era o seu objectivo? Aplicar esses conhecimentos nos robots voadores. Ele projectou um sensor ultra leve, baseado no campo visual da mosca da fruta, assim como algoritmos baseados nos seus movimentos reais. O projecto foi concebido para tornar os robôs de busca e salvamento tão, ou mais, ágeis do que as pequenas moscas. A próxima geração de robots terá, certamente, o dedo e a inteligência deste adolescente.

Por sua vez o francês Guillaume Rolland, de 17 anos de idade, inventou um despertador que promete acordar tudo e todos (incluindo quem tem o sono pesado). E como funciona esse despertador? É simples: na hora programada por si o despertador liberta um odor pré- definido, forte o suficiente para que tenha que se levantar da cama e parar o dito objecto.

Pensava que era impossível odiar mais o despertador? Espero só até esta ideia se tornar comercializável!

Já Trisha Prabhu, de 14 anos de idade (e de nacionalidade norte-americana) inventou o “Rethink”. E o que é o “Rethink”? Nada mais, nada menos, do que um alerta destinado aos pré-adolescentes e aos adolescentes. E o que faz este alerta? Tenta impedi-los de postar estados ofensivos nas redes sociais, diminuindo as probabilidades de fazerem cyberbulling a colegas e amigos. A aluna do 8o ano de escolaridade testou o seu programa em 300 jovens do estado do Illinois e os resultados foram animadores: 93.4% dos adolescentes diminuíram o número de posts ou comentários ofensivos nas redes sociais. É caso para dizer: “cabecinha pensadora….” (para os mais distraídos esta é uma referência aos grandes, e únicos, “Malucos do Riso”).

Ainda não estão impressionados? Então preparem-se porque desta é de vez! A começar logo pelo nome do jovem: Eswar Anandapadmanaban. Tem 16 anos de idade e, como é óbvio, é americano. Ele inventou o “ThereNIM”. Este é um dispositivo que pode seguir os movimentos do peito das pessoas sem realmente entrar em contacto com eles. O monitor é constituído por dois osciladores com campos eléctricos que utilizam o corpo do paciente como um condensador. E estando a maioria dos doentes internados completamente dependentes dos monitores que tão bem conhecemos (mais que não seja dos filmes e séries) e sendo os mesmos tão dispendiosos e intrusivos para os pacientes esta é uma belíssima alternativa.

Segundo Eswar a sua invenção pode ser construída com menos de 50 dólares, o que a torna acessível à esmagadora maioria dos hospitais (nomeadamente dos países subdesenvolvidos).

Do Canadá chega-nos a jovem Hayley Todesco de 17 anos de idade. Indo directamente ao que interessa: quando o betume é extraído de areias betuminosas para ser refinado em óleo, resíduos contendo ácidos naftênicos são deixados para trás. Estes ácidos desagradáveis apresentam um desafio ambiental, ou seja, milhões de metros cúbicos de resíduos concentram-se em lagoas e pequenos rios. Hayley Todesco construiu filtros usando areia e bactérias que permitem combater esta dura realidade. Estes filtros servem essencialmente como biorreactores. Ou seja, é uma forma de impedir os resíduos de se infiltrarem: primeiro através de uma camada de bactérias e em seguida, com a dita areia. No processo, os ácidos nafténicos acabam por se decompor catorze vezes mais rápido do que através dos processos actualmente utilizados. Caro leitor, não se preocupe que eu percebi tanto como você no que a esta invenção diz respeito. É melhor avançarmos não é? Também acho…

Bem mais simples (pelo menos de a entendermos) é a invenção de Mark Drobnych. Este ucraniano, de apenas 13 anos de idade, criou um microscópio que transfere automaticamente as imagens que recolhe das amostras que possui para o computador/tablet que quisermos.

É inclusivamente possível enviar as imagens através do Google Hangouts. É todo um mundo novo associado aos microscópicos que nasce depois desta fantástica invenção!

A única representante da Austrália possui a bela idade de 17 primaveras (e verões, invernos e outonos também, já agora) e chama-se Cynthia Sin Nga Lam (nome tipicamente australiano como podem constatar…). Foi desta mente brilhante que nasceu o “H2prO”. Este produto contorna a necessidade de uma fonte de energia e, usando dióxido de titânio e luz estimula uma reacção fotocatalítica. Assim tanto esteriliza as águas residuais como gera electricidade a partir de hidrogénio. Mas onde vai esta gente buscar ideias destas? Que raio de infância tiveram estes jovens, realmente!

{loadposition inline}Samuel Burrow (16 anos, Inglaterra) inventou uma tinta que faz com que as paredes extraiam poluição do ar. Parece impossível mas este jovem conseguiu mesmo criar uma tinta revolucionária que muito em breve poderá revolucionar as nossas vidas! Estamos a caminhar para o fim da lista mas ainda há espaço para a Sadhika Malladi e para a Daniela Lee (de 16 e 17 anos, respectivamente). Estas jovens norte-americanas conseguiram criar uma forma de prever como é que as afectadas por cancro da mama irão reagir à quimioterapia. Este método não invasivo promete dar que falar e conquistar vários hospitais por esse mundo fora!

Com um nome bem mais comum, Gregory Martin, de catorze anos, inventou um biocombustível produzido a partir de uma alga marinha (Chlorella Vulgaris) que promete competir com a restante oferta pois o preço pelo qual é fabricado é muito inferior aos opositores. Finalizemos com outros dois nomes no mínimo diferentes…..

Anastasia Korovianskaia, tem nacionalidade russa e foi do alto dos seus 17 anos de vida que criou algo impressionante. Os injectores para pulverizar líquidos entram em duas variedades: hidráulicas (em que a pressão está no líquido) e pneumático (em que a pressão é no gás). O seu trabalho foi ter criado ondas ultra-sónicas. Só é pena que a maioria dos leitores (onde eu me incluo) tenha ficado exactamente na mesma depois de lerem várias vezes o que foi dito acimo. Fechamos este ciclo nos Estados Unidos da América através da invenção do Pranav Sivakumar. Ele tem catorze anos de vida e desenvolveu um algoritmo para identificar quasares gravitacionais do Sloan Digital Sky Survey, os mais detalhados mapas 3D do universo. O algoritmo acelera consideravelmente a busca para os investigadores, tornando o seu trabalho muito mais rápido.

E agora que já tomámos conhecimento de todos os projectos é caso para dizer: “E ter uma infância está nos vossos planos petizada?”. Eu com a vossa idade só fazia três coisas na vida: brincar, brincar e brincar. E era feliz. Mas também não tinha a vossa inteligência, senão iam ver os projectos que eu ia desenvolver (ou se eu fosse simultaneamente preguiçoso…as sestas que eu ia dormir)! O que eu sei é que estes jovens têm, todos eles, imenso potencial e que podem muito bem ser o futuro do seu país e (quem sabe) do mundo!

Boas invenções.
Boas leituras.
Boa semana.

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