Serviços sanitários russos ordenaram o encerramento de quatro cadeias do McDonald’s, em Moscovo, alegando que vários cidadãos russos se queixaram da falta de qualidade dos produtos servidos. A agência que regula o setor nega que esta medida seja política, mas a verdade é que apenas as cadeias norte-americanas terão sido alvo de inspeção. Além da McDonald’s, também a Burger King e a KFC estão na mira das autoridades alimentares russas.
Quatro cadeias da McDonald’s foram encerradas em Moscovo, por ordem das autoridades reguladoras do setor, a Rospotrebnadzor, que sustentam a decisão em alegadas queixas de consumidores da cadeia alimentar norte-americana.
Segundo a agência do governo russo, há “muitas queixas relativas à qualidade e à segurança dos alimentos vendidos”, o que justificou a decisão de mandar fechar a cadeia de fast-food norte-americana.
O Kremlin nega que a medida tenha resultado da tensão entre EUA e Rússia, em virtude dos conflitos militares que ocorrem na Ucrânia. Mas a verdade é que haverá mais cadeias norte-americanas a serem alvo desta inspeção seletiva.
Além da McDonald’s, também a Burger King e a KFC estão na mira das autoridades alimentares russas, segundo informa a BBC. E outras representações da McDonald’s estão a ser alvo de inspeções.
A agência Rospotrebnadzor – a quem cabe assegurar a qualidade do setor alimentar russo – garante que só decidiu fechas aquelas quatro representações em Moscovo porque havia regras sanitárias que não estariam a ser cumpridas, nos restaurantes da cadeia de fast-food dos EUA.
Acontece que a McDonald’s nunca teve problemas semelhantes na Rússia, pelo menos a esta escala. E também não há histórico de uma inspeção que tem como alvo cadeias norte-americanas, apenas.
Além do encerramento dos restaurantes, deverá dar entrada nos tribunais da Rússia queixas, em resultado de alegado atropelo às regras da segurança sanitária.
Recorde-se que esta medida surge após uma proibição, por parte da Rússia, da entrada de produtos agro-alimentares que sejam provenientes dos Estados Unidos e da União Europeia.
São efeitos das posições políticas norte-americanas e europeias sobre a crise na Crimeia.