Em dois anos, a Ordem dos Nutricionistas identificou cerca de 250 casos suspeitos de exercício ilegal da profissão. Desses, 30 foram reportados ao Ministério Público. Por mês, a Ordem recebe uma média 25 denúncias.

Os dados foram revelados numa altura em que é lançada a campanha ‘Vamos pôr a nutrição na ordem’.

Em declarações à Lusa, a bastonária revelou que as denúncias têm “aumentado significativamente” nos últimos três meses.

Alexandra Bento explicou que cabe à Ordem averiguar as denúncias e, quando há indícios de crime (o exercício ilegal de uma profissão), os casos são participados ao Ministério Público.

“As plataformas online são as prediletas destes indivíduos que se fazem passar por nutricionistas e grande parte das vezes torna-se difícil atuar, visto que os autores das páginas, do Facebook por exemplo, muitas vezes permanecem anónimos ou escondem-se atrás de nomes ou marcas fictícios”, complementou.

Os ginásios, as clínicas estéticas e as lojas de suplementos alimentares surgem como os locais onde existe uma maior prática ilegal da profissão, de acordo com o volume de denúncias.

Por área geográfica, a maioria das situações ocorre na zona de Lisboa, seguindo-se depois o Alentejo.

Em Portugal, há cerca de 3000 profissionais inscritos na Ordem dos Nutricionistas e só estes estão legalmente habilitados a exercer a profissão e utilizar o título profissional de nutricionista.