Lembrando que o Governo sempre manifestara abertura para negociar o Orçamento de Estado, o ministro Aguiar-Branco sublinhou que “o parlamento atuou”, apresentando propostas, “e que o Governo irá analisar em concreto as questões que se colocam na especialidade”.
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, comentou a redução da sobretaxa de IRS de 4 para 3,5 por cento, lembrando que o Governo sempre manifestou abertura para discutir alterações à proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2013 (aprovado na generalidade e em discussão na especialidade), “desde que essa situação não tivesse influência significativa na capacidade de realizar o objetivo do défice”.
“O parlamento atuou”, realçou o governante, lembrando que a redução da sobretaxa foi apresentada por PSD e CDS-PP, “e o Governo irá analisar em concreto as questões que se colocam na especialidade”. Em Bruxelas, onde se encontrava para uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia, Aguiar-Branco insistiu que “este é um orçamento muito exigente”, pelo que a equipa de Passos Coelho “teve o cuidado máximo de ser o menos penalizante possível”.
A defesa do primeiro-ministro foi reforçada quanto o ministro da Defesa foi questionado sobre um cenário de eleições antecipadas, com que vários analistas políticos têm avançado desde a apresentação da primeira versão da proposta de OE. “Não cederemos um milímetro no que tem a ver com o interesse nacional. É preciso ter nervos de aço para nunca perder o sentido do interesse nacional”, assegurou Aguiar-Branco: “é com essa preocupação que trabalhamos, o resto será sempre objeto das análises políticas que se fazem num quadro democrático”.
