Economia

Olli Rehn lembra que “problemas da economia portuguesa surgiram antes da intervenção do FMI”

olli_rehnOlli Rehn, comissário europeu dos Assuntos Económicos, sublinha que as “dificuldades da economia portuguesa começaram muito antes da implementação do programa do Fundo Monetário Internacional”. Rehn prepara os portugueses para um “processo difícil e doloroso”, até porque as previsões da recessão aumentaram, mas lembra que só desta forma Portugal poderá “restaurar a competitividade, para competir na economia global”.

O cenário de recessão em 2012 deverá agravar-se e a Comissão Europeia corrigiu as previsões que fizera em novembro. O Produto Interno Bruno (PIB) vai recuar 3,3 por cento, mais 0,3 pontos percentuais do que a última previsão de Bruxelas.

O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, retira dos ombros da troika qualquer responsabilidade das dificuldades por que Portugal atravessa. Olli Rehn lembra que os problemas da economia portuguesa surgiram antes da intervenção do FMI, que apenas traçou um plano “no sentido de tentar travar esta quebra no modelo económico” português.

Nesse sentido, Olli Rehn prevê um período “difícil e doloroso”, para que Portugal possa regressar aos mercados, garantir financiamento e poder gerar emprego, com ganho de pujança da sua economia. “Com a UE, Portugal está a restaurar a competitividade, para competir na economia global e ter sucesso na criação de emprego para os seus cidadãos”, afirmou o comissário europeu.

Olli Rehn compreende as dificuldades que Portugal enfrentará, mas traça esse caminho como o único possível. Além de que existe uma razão para o estado atual das finanças públicas: duas décadas de más decisões políticas.

“Não podemos negar que Portugal enfrenta um processo difícil e doloroso de ajustamento económico. Isso deve-se ao facto de, nas últimas duas décadas, o país ter perdido a sua competitividade estrutural”, sustenta Olli Rehn, que falava numa conferência de imprensa, onde apresentou previsões intercalares da Comissão Europeia relativamente à economia lusa.

Recorde-se que o Governo inscreveu no Orçamento de Estado uma recessão de três por cento. As previsões intercalares da Comissão Europeia são superiores e acompanham a tendência verificada na União Europeia.

Em destaque

Subir