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Obesa recusa cirurgia grátis: “Não desisto dos pequenos-almoços”

Jodie SinclairOs conservadores britânicos estão revoltados com um exemplo da “exploração” dos apoios sociais. Jodie Sinclair, uma obesa que recebe quase 100 mil euros, recusou uma operação grátis para redução do peso por não querer cortar nos pequenos-almoços.

Deve a Segurança Social de um país apoiar uma pessoa que não trabalha por sofrer de obesidade, mas que recusa uma cirurgia grátis por não querer mudar a alimentação?

A questão saltou para a agenda mediática no Reino Unido depois da imprensa afeta aos conservadores ter divulgado o caso de Jodie Sinclair, uma mulher de 28 anos que recusou uma operação grátis por, alegadamente, não querer abdicar de carnes ao pequeno-almoço.

De acordo com a imprensa, a mulher, que vive numa casa (estatal) sem ter de pagar renda, em Peterborough (Inglaterra), já terá recebido mais de 112 mil libras em apoios sociais por ser “demasiado gorda para trabalhar”.

“Não vou à faca porque não fiz nada de mal. Os médicos continuam a mandar-me perder peso, mas eu nem sequer como assim tanto”, garantiu Jodie Sinclair.

Só que, na mesma entrevista, a mulher deu um forte argumento aos críticos: “A minha mãe costumava vir cá todos os dias para o pequeno-almoço e comíamos torradas com bacon e feijão. Depois começou a repetir que um nutricionista não queria que eu comesse assim e perguntou-me de que valia ela vir cá se eu nem sequer tentava… Eu disse-lhe para não voltar, porque não vou desistir dos meus pequenos-almoços”.

Jodie Sinclair, que sofre de diabetes tipo 2, admitiu que os médicos não se cansam de avisar, mas sublinhou “não ter culpa” de ser obesa: “Sempre que vou ao médico ele diz-me que eu vou morrer se não perder peso, mas não há um único que perceba que eu tenho uma condição que me faz ter este peso. Eu como batatas e massas, não compro comida de ‘take-away’, por isso não tenho culpa”.

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