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O que têm em comum um casal de humanos, dois gatos e uma cadela? São todos sem-abrigo

marlix210marliGabriel Cabral/Folhapress

Marli de Castro e Sergio Astete não tinham abrigo, mas deram um lar a três animais abandonados. A história do amor do casal pelos animais tem comovido uma parte da cidade de São Paulo, no Brasil, ao ponto de Sergio já ter recebido um portátil para escrever poemas de agradecimento.

Um Presidente, uma Santinha Chorona e uma Princesa viviam na rua até que foram adotados por um casal de humanos. Os cinco continuaram sem abrigo, mas partilhavam um lar. A história foi ontem revelada ao mundo no jornal brasileiro Folha de São Paulo.

Marli de Castro, de 35 anos, e Sergio Astete, de 42, eram dois sem-abrigo que no final do ano passado, quando ‘residiam’ em Belo Horizonte, salvaram um gato que “estava pele e osso, quase sem recheio, com pelos queimados e prestes a ser jogado de uma ponte”: o Presidente. O mesmo casal já tinha adotado, na mesma cidade, a gata Santinha Chorona. Antes, em Recife, tinham resgatado uma cadela recém-nascida, a Princesa, de uma lixeira.

A ‘família’ mudou-se para a cidade de São Paulo, onde os três animais passaram a partilhar um carrinho de bebé. Todos juntos, com os humanos, passavam as noites junto à estação Ana Rosa, na zona sul da cidade.

“Parece que é nosso destino socorrer. Se tivesse condições, teria mais” animais, “porque existem muitos na rua”, explicou Marli, revelando ainda à Folha que já deu da própria comida aos gatos e à cadela: “pai não deixa filho com fome”.

No início de junho, a brasileira e o argentino encontraram um espaço junto a um supermercado. Um dia, Mirella Floren, de 26 anos, viu o casal sem-abrigo e reparou que os animais estavam bem tratados e com coleira. Comovida, divulgou a situação no Facebook.

A fama na rede social levou à doação do já famoso carrinho de bebé, cobertores, rações e até um computador portátil para Serge. O argentino, que chegou a publicar a obra “Peregrino. O Poeta do Povo”, imprime palavras de paz que entrega, salienta o jornal, como “recompensa para qualquer apoio recebido”.

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