Tecnologia

O QI nunca pode vir só


Num novo estudo, publicado na revista científica PNAS,
defende-se que a pontuação obtida num teste de QI não pode ser só levada em conta a inteligência, mas também o fator motivação.

Nos Estados Unidos, uma equipa de psicólogos da Universidade da Pensilvânia, em Filadélfia, pôs em causa os testes de inteligência (QI) que normalmente são usados como indicadores de avaliação de uma pessoa no que diz respeito à sua vida académica, profissional e não só. Eles defendem que nestes testes, tem de ser levado em conta também o fator motivacional.

Nesta pesquisa foram avaliadas mais de duas mil pessoas, em que o objetivo era incentivar os indivíduos, tentando perceber até que ponto o seu desempenho era influenciado no teste. O estudo concluiu que os incentivos melhoraram todos os resultados, principalmente daqueles que obtiveram pontuações mais baixas.

Na década de noventa o psicólogo da Universidade de Harvard, Daniel Goleman, já tinha colocado em causa os resultados destes testes de uma forma tão isolada. Ele veio defender que o quociente emocional também teria de ter um papel importante nestes testes. Quociente emocional que é um conceito em Psicologia que descreve a capacidade de reconhecer os próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles. O Quociente Emocional engloba cinco dimensões: auto-motivação, auto-conhecimento, empatia, sociabilidade e capacidade de lidar com as emoções de outras pessoas.

Os testes de QI, começaram a ser utilizados como instrumento clínico, em 1904, por psicólogos franceses. Eram utilizados para auxiliar as escolas gaulesas, que seguindo um procedimento padronizado, ajudavam a diagnosticar deficiências mentais de uma forma rápida e eficiente. Os especialistas sempre defenderam a eficácia dos testes, mas recebiam muitas críticas devido aos métodos que eram aplicados, eles limitavam-se a medir a inteligência, esquecendo outros fatores importantes. James Thompson, psicólogo da Universidade de Londres, afirmou que já tinha conhecimento de que as pontuações altas nesses testes de QI eram reflexo da habilidade nata e de outras variáveis, acrescentando ainda que “a vida é um teste de inteligência e de personalidade”, que o resultado de um teste de QI contém elementos de motivação e inteligência, mas principalmente do último.

Assim sendo QI+QE+QM = um resultado muito mais eficiente.

Em destaque

Subir